Os estudantes dos cursos de Artes, Pedagogia, Direito, Geografia e História, da Universidade Regional do Cariri (Urca), foram às ruas deste Município, na manhã de ontem, protestar conta a falta de professores, funcionários e infraestrutura na universidade. A mobilização teve início ainda na semana passada, quando os alunos, em um ato em frente à Reitoria da Universidade, participaram de uma assembleia com a atual reitora, Otonite Cortez, para informá-la das reivindicações e pedir mais autonomia da universidade junto ao Governo do Estado. No ato, os acadêmicos lançaram a campanha "Quem dera ser um peixe...", em alusão a quantia de R$ 240 milhões, prevista em orçamento para a construção do Aquário do Ceará. De acordo com eles, o valor deveria ser investido em melhorias na educação.
Os estudantes tiveram como justificativa da Reitoria que atualmente não há como resolver os problemas, apenas amenizá-los com a contratação de professores temporários, através de concurso. Entretanto, para os acadêmicos, a medida não é adequada, uma vez que eles irão continuar sem garantias de ensino. "Queremos professores efetivos que possam assegurar o ensino, a pesquisa e a extensão. Precisamos saber as causas da não realização de um concurso para a contratação de professores efetivos. Não justifica, o governador conseguir verbas para construir um aquário sem licitação e não investir na educação", questionou o estudante de Direito, Ítalo Coelho.
Atualmente, para suprir a demanda de professores seria necessária a contratação de 322 profissionais efetivos. A carência já perdura por seis anos. Os problemas são ainda mais graves em alguns cursos como o de Artes, onde os estudantes frequentam salas de aulas prestes a ruir, devido a rachaduras nas paredes. No de Educação Física, a Universidade não dispõe de piscina, tatame e nem academia de musculação para a realização de aulas práticas.
Em julho do ano passado, a Reitoria enviou à Secretaria de Ciência e Tecnologia um relatório das carências da Universidade. Mas, de acordo com reitora Otonite Cortez, a realização de concursos públicos para os cargos de professores efetivos e servidores da Urca, não depende dela. Otonite diz que a administração e os estudantes estão lutando pela mesma causa. "Reconheço a carência de professores. Tenho dito que estamos, sem espaço e precisando de melhorias. Mas, existem questões que fogem a minha competência".
A reitora anunciou a conquista de R$ 2 milhões do Governo do Estado para resolução de problemas imediatos da Urca. Ela disse que o dinheiro já está sendo investido.
DN
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