Após reunião sigilosa com os demais membros da bancada do PMDB na Câmara de Deputados, o líder do partido, deputado Eduardo Cunha (RJ), anunciou a "independência" da legenda no parlamento em relação ao Governo Federal. A bancada do PMDB é a segunda maior da Câmara, com 75 deputados, atrás apenas do PT, com 87 parlamentares.
Segundo Cunha, a maioria dos integrantes da sigla decidiu que apoiará a convocação da Executiva Nacional para "reavaliar" a atual aliança com o Partido dos Trabalhadores. Entre os motivos apontados para o rompimento dos principais parceiros do governo Dilma estão as divergências com relação às possíveis alianças regionais do PT nas próximas eleições e a demora para a conclusão da reforma ministerial. O PMDB deseja mais espaço no Executivo Federal, onde atualmente comanda cinco ministérios (Agricultura, Minas e Energia, Previdência, Turismo e Aviação Civil).
O deputado Eduardo Cunha afirmou que a bancada da Câmara está insatisfeita com o PT, mas destacou que o tema terá de ser debatido pela Executiva Nacional. A decisão final sobre a parceria entre os dois partidos será da Convenção Nacional.
Para a convocar a convenção, é necessário que pelo menos 11 diretórios regionais do PMDB assinem documento solicitando o encontro. Na reunião desta terça-feira (11) da bancada, deputados peemedebistas relataram que estão se articulando nos estados para colher assinaturas para fazer a convenção.
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