domingo, 2 de março de 2014

Restaurante chama mulher de 'cliente chata' em observação de nota



Um dos erros mais vergonhosos para um empreendimento é maltratar seus clientes. E foi isso que aconteceu com uma cliente do restaurante brasiliense Zimbrus. Daniele Sampaio pediu dois sanduíches no valor de R$ 40 no serviço de tele-entrega e, ao receber a comida, teve uma surpresa desagradável: a nota do produto trazia a frase “prestar bastante atenção no pedido: cliente chata”. 

Ela publicou imediatamente a foto nas redes sociais e causou burburinho. O proprietário do restaurante posicionou-se com um argumento nada convincente. "É um erro grave, e eu não me eximo da culpa. Só que posso dizer que a intenção dele não era dizer que ela é chata, e sim muito exigente. Mas, mais uma vez, foi um erro, ele jamais deveria ter escrito isso”, disse Jeremias César Neto. Ainda não foi informado se a cliente irá recorrer judicialmente contra o estabelecimento.

Além de ser um constrangimento para o cliente, ele é tratado como mais um, simplesmente mais um cliente. Desculpas não são suficientes neste caso ou em qualquer outro que humilhe ou tire o mais importante de um cliente: a satisfação de ir a um restaurante.

Após muitos anos trabalhando como cozinheira, chef de cozinha e consultora, posso afirmar que, em um casos como esse, existe um único culpado: o dono do estabelecimento. 

Os funcionários são o reflexo do proprietário, principalmente quando ele mesmo diz, com a maior naturalidade, que “a intenção não foi de ofender a cliente, ele (funcionário) quis dizer que a cliente era exigente”. De fato, um consumidor é exigente na escolha de um restaurante, bar ou café. Ela foi exigente ao escolher o estabelecimento e não foi poupada deste tipo de ofensa.

Se em um caso como este, o funcionário for apenas “advertido”, nada será resolvido e só mostra a falta de preparo do gerente, gestor, empresário ou dono. O treinamento foi dado, foi acompanhado e avaliado constantemente pelos responsáveis do estabelecimento. Ou seja, fica muito claro a normalidade e a frequência que isso acontece.

Chega a ser vergonhoso para nossa profissão ver esta falta de preparo e consciência dos proprietários e funcionários deste setor. O mais importante está ficando de lado e o básico foi esquecido. Ter um negócio não é brincadeira, os tempos mudaram. Ser bom não é o bastante.

O mínimo a ser oferecido para o seu consumidor é satisfação. E isso o cliente só entende quando todos os funcionários e dono transmitirem.

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