segunda-feira, 14 de março de 2016

Salitre sofre com a estiagem prolongada

A cidade de Salitre, localizada na Região do Cariri-Oeste, divisa com os Estados do Pernambuco e Piauí, sofre há uma década com a escassez de chuva. De acordo com os dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), 2005 foi o último ano que choveu acima da média histórica na quadra chuvosa (fevereiro a maio), que é de 663,5 milímetros. 

De lá pra cá, a localidade acumula secas intensas acarretando prejuízos na economia agrícola, principal fonte de renda dos quase 17 mil habitantes. O Município se encaminha para o 11º ano de escassez hídrica. O meteorologista do órgão, Raul Fritz, explica que "o relevo da cidade, somado à localidade, contribui para a escassez de chuva, ainda pior que a enfrentada nas outras regiões do Estado. O Município é relativamente alto e próximo à Chapada do Araripe, então as chuvas que chegam do Leste, geralmente caem antes, atingindo as cidades de Juazeiro e Crato, por exemplo", acrescenta. Ainda conforme Fritz, para que haja pluviosidade em Salitre, o sistema meteorológico deve ser de alta intensidade. "Se o sistema não for forte, as chuvas vão chegar fracas ou nem chegarão, como vem acontecendo", conclui.


As chuvas que incidem sobre Salitre poderiam ser do tipo orográfica, ou de relevo, uma designação dada à precipitação que ocorre quando uma massa de ar carregada de umidade sobe ao encontrar uma elevação do relevo, como uma montanha. "Mas a cidade pode estar do lado oposto em que a montanha recebe os ventos, dessa forma, fica mais difícil chover", explica Fritz. 

Jornal Diário do Nordeste

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