terça-feira, 31 de maio de 2016

Defesa de Dilma se dará nesta quarta-feira, 1/6

Vinte dias depois da abertura do processo de impeachment pelo Senado, a presidente afastada Dilma Rousseff deverá entregar amanhã a sua defesa das acusações de que cometeu crime de responsabilidade ao praticar as chamadas "pedaladas fiscais" e ao editar seis decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso. 

No documento, a defesa de Dilma deve alegar que os atos não configuram crime de responsabilidade e que o processo de impeachment tem "vícios de origem" porque teria sido aberto por "vingança" pelo presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na quinta-feira (2), a comissão especial do impeachment se reúne para discutir o cronograma de atividades do colegiado nesta etapa do processo - chamada de pronúncia -, na qual os parlamentares decidem se a denúncia contra Dilma é ou não procedente e se deve ou não ser levada a julgamento final. 

Na semana passada, o relator do caso, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentou uma proposta de cronograma em que o Senado decidiria se vai ou não levar o processo a julgamento entre os dias 1º e 2 de agosto. No entanto, parlamentares que apoiam Dilma Rousseff consideram que o prazo de trabalhos desta segunda etapa da comissão está curto. 

Na última quarta-feira (25), Dilma afirmou que usará em sua defesa, durante a apreciação do processo de impeachment pelo Senado, as gravações divulgadas nos últimos dias que revelaram conversa entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o expresidente da Transpetro Sérgio Machado. A petista disse que depois da divulgação da gravação "tornou-se indiscutível a ilegalidade deste processo". No áudio, Jucá diz que é preciso "conter a sangria", numa referência a iniciativas para parar a Operação Lava-Jato. Assim como na etapa anterior, de admissibilidade, o responsável por defender Dilma será o ex-ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo.

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