Ela é um resquício sobrevivente do passado oligárquico do Brasil, que
começa a ser superado por governos a que – obviamente – essa imprensa se opõem
frontalmente.
A imprensa tradicional brasileira, a velha mídia, não é democrática, de
qualquer ponto de vista que seja analisada.
Antes de tudo, porque não é pluralista. Do editorial à ultima página, a visão dos donos da publicação permeia tudo, tudo é editorializado. Não podem, assim, ter espaço para várias interpretações da realidade, deformada, esta, pela própria interpretação dominante na publicação, do começo ao fim.
Não é democrática porque não contém espaços para distintos pontos de vista nas páginas de debate, com pequenas exceções, que servem para confirmar a regra.
Não é democrática porque expressa o ponto de vista da minoria do país, que tem sido sistematicamente derrotada desde 2002, e provavelmente seguirá sendo derrotada. Não expressa a nova maioria de opinião política que elegeu e reelegeu Lula, elegeu e provavelmente reelegerá a Dilma. A imprensa brasileira expressa a opinião e os interesses da minoria do país.
Antes de tudo, porque não é pluralista. Do editorial à ultima página, a visão dos donos da publicação permeia tudo, tudo é editorializado. Não podem, assim, ter espaço para várias interpretações da realidade, deformada, esta, pela própria interpretação dominante na publicação, do começo ao fim.
Não é democrática porque não contém espaços para distintos pontos de vista nas páginas de debate, com pequenas exceções, que servem para confirmar a regra.
Não é democrática porque expressa o ponto de vista da minoria do país, que tem sido sistematicamente derrotada desde 2002, e provavelmente seguirá sendo derrotada. Não expressa a nova maioria de opinião política que elegeu e reelegeu Lula, elegeu e provavelmente reelegerá a Dilma. A imprensa brasileira expressa a opinião e os interesses da minoria do país.
Não é democrática, porque não se ancora em empresas públicas, mas em
empresas privadas, que vivem do lucro. Assim, busca retorno econômico, o que
faz com que dependa, essencialmente, não dos eventuais leitores, ouvintes ou
telespectadores, mas das agências de publicidade e das grandes empresas que
ocupam os enormes espaços publicitários.
São empresas que buscam rentabilidade para sobreviver. Que não se
interessam por ter mais público, mas público “qualificado”, isto é, o de maior
poder aquisitivo, para mostrar às agências de publicidade que devem anunciar
aí. São financiadas, assim, pelas grandes empresas privadas, com quem têm o
rabo preso, contra cujos interesses não vão atuar, o que seria dar um tiro no
próprio pé.
Não bastasse tudo isso, as grandes empresas da mídia privada são
empresas de propriedade familiar. Marinho, Civita, Frias, Mesquita – são não
apenas os proprietários, mas seus familiares ocupam os postos decisivos dentro
de cada empresa. Não há nenhuma forma de democracia no funcionamento da
imprensa privada - são oligarquias, que escolhem entre seus membros os seus
sucessores. Nem sequer pro forma há
formas de rotatividade. Os membros das famílias ficam dirigindo a empresa até
se aposentarem ou morrerem, e designam o filho para sucedê-los.
Tampouco há democracia, nem sequer formal, nas redações dessas empresas. Não são os jornalistas que escolhem os editores. São estes nomeados – e eventualmente demitidos – pelos donos da empresa, os que decidem as pautas, que têm que ser realizadas pelos jornalistas, com as orientações editorializadas da direção.
Uma mídia que quer classificar quem – partidos, governos etc. – é democrático, é autoritária, ditatorial, no seu funcionamento, tanto na eleição dos seus dirigentes, quanto na dinâmica das suas redações.
Tampouco há democracia, nem sequer formal, nas redações dessas empresas. Não são os jornalistas que escolhem os editores. São estes nomeados – e eventualmente demitidos – pelos donos da empresa, os que decidem as pautas, que têm que ser realizadas pelos jornalistas, com as orientações editorializadas da direção.
Uma mídia que quer classificar quem – partidos, governos etc. – é democrático, é autoritária, ditatorial, no seu funcionamento, tanto na eleição dos seus dirigentes, quanto na dinâmica das suas redações.
Como resultado, não é estranho que essa mídia tenha estado ferreamente
contra os mais populares e os mais importantes dirigentes políticos do Brasil –
Getúlio e Lula. Não por acaso estiveram contra a Revolução de 30 e a favor do
movimento contrarrevolucionário de 1932 e o golpe de 1964, que instalou a mais
a sangrenta ditadura da nossa história.
Coerentemente, apoiaram os governos de Fernando Collor e de FHC, e se
erigiram em direção da oposição aos governos do Lula e da Dilma.
Em suma, a velha imprensa brasileira não é democrática, é um resquício
sobrevivente do passado oligárquico do Brasil, que começa a ser superado por
governos a que – obviamente – essa imprensa se opõem frontalmente.
A democratização do país começou pelas esferas econômica e social, precisa agora chegar urgentemente às esferas políticas – Congresso, Judiciário – e à imprensa.
País democrático não é só aquele que distribui de forma relativamente igualitária os bens que a sociedade produz, mas o que tem representações políticas eleitas pela vontade popular, e não pelo poder do dinheiro. E que forma suas opiniões de forma pluralista e não oligárquica. Um país em que ninguém deixa de falar, mas em que todos falam para todos.
A democratização do país começou pelas esferas econômica e social, precisa agora chegar urgentemente às esferas políticas – Congresso, Judiciário – e à imprensa.
País democrático não é só aquele que distribui de forma relativamente igualitária os bens que a sociedade produz, mas o que tem representações políticas eleitas pela vontade popular, e não pelo poder do dinheiro. E que forma suas opiniões de forma pluralista e não oligárquica. Um país em que ninguém deixa de falar, mas em que todos falam para todos.
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