sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

América Latina: as bases sociais da nova direita

Uma nova direita está emergindo no mundo e também na América Latina, região onde ela apresenta perfis próprios e uma nova e inédita base social. Para combater essa nova direita é necessário conhecê-la, evitar as avaliações simplistas e entender suas diferenças com relação às velhas direitas.


Mauricio Macri, [o atual presidente argentino], é bem diferente de Carlos Menem, [que governou entre 1989 e 99]. Este introduziu o neoliberalismo, mas era filho da velha classe política, a ponto de respeitar algumas normas legais e tempos institucionais. Macri é filho do modelo neoliberal e comporta-se segundo o modelo extrativista, fazendo da espoliação seu argumento principal. Não lhe altera o pulso passar por cima dos valores da democracia e dos procedimentos que a caracterizam.


Algo semelhante pode ser dito sobre a direita venezuelana. Trata-se de alcançar fins sem reparar nos meios. O modo de operar da nova direita brasileira diferencia-se inclusive do governo privatizador de Fernando Henrique Cardoso. Hoje os referentes são personagens como Donald Trump e Silvio Berlusconi, ou o presidene turco Recep Tayyip Erdogan, militarista que não respeita nem o povo curdo nem a oposição legal, cujas instalações e encontros são sistematicamente atacados.

Estas novas direitas têm Washington como referência, mas é de pouca utilidade pensar que atuam de maneira mecânica, seguindo as ordens emanadas de um centro imperial. As direitas regionais, sobretudo as dos grandes países e que se apoiam num empresariado local mais ou menos desenvolvido, têm certa autonomia de voo em defesa dos próprios interesses.
 
Mas a grande novidade são os amplos apoios de massas que conseguem. Como se disse, nunca antes a direita argentina havia chegado à Casa Rosada pela via eleitoral. Esta novidade merece explicações que não se esgotariam neste breve espaço. Tampouco parece adequado atribuir à mídia todos os avanços da direita. Que razões haverá para sustentar que os eleitores da direita são manipulados e os da esquerda são votos conscientes e lúcidos?
 
Há duas questões que seria necessário esclarecer antes de entrar numa análise mais ampla. A primeira são os modos de fazer, o autoritarismo quase sem freios nem argumentos. A segunda, as razões do apoio de massas, que inclui não só as classes médias, mas também parte dos setores populares.
 
Sobre as decisões autoritárias de Macri, o escritor Martín Rodríguez sustenta: O macrismo atua como um Estado Islâmico: sua ocupação do poder significa uma espécie de profanação dos templos sagrados kirchneristas (Panamarevista.com, 28/01/16). A decisão pelas demissões em massa apoia-se na firme crença das classes médias de que os trabalhadores estatais são privilegiados que recebem sem trabalhar. Por isso, o custo político dessa decisão terrível foi até agora muito baixo.
 
A comparação com os modos do Estado Islâmico soa exagerada, mas tem um ponto de contato com a realidade: as novas direitas chegam arrasando, tirando da frente tudo o que se interpõe no seu caminho, desde os direitos adquiridos pelos trabalhadores até as regras de jogo institucionais. Para eles, ser democráticos é apenas contar as células nas urnas a cada quatro ou cinco anos.
 
A segunda questão é compreender os apoios de massa obtidos. O antropólogo Andrés Ruggeri, que investiga empresas recuperadas, ressalta que a direita pode construir uma base social reacionária capaz de mobilizar-se, com base nos setores mais retrógrados da classe média. Tais setores sempre existiram e apoiaram a ditadura nos anos 1970 (Diagonal, 13/02/15). Essa base social está ancorada num eleitor-consumidor que adquire um voto como um produto de supermercado.
 
Ruggieri considera que o grande erro do governo de Cristina Fernández consistiu em não estimular o surgimento de um sujeito popular organizado. Ao invés disso, promoveu um conjunto social desagregado, individualista e consumista, que considerou as conquistas da luta de 2001, e as mudanças sociais alcançadas nos últimos doze anos, como direitos adquiridos que não estavam em risco. Convencer o eleitorado desta suposta garantia foi uma grande conquista da campanha da direita, chave para seu triunfo (Diagonal, 13/02/16).
 
As classes médias são muito diferentes das dos anos 1960. Já não têm como referência as camadas de profissionais que se formaram em universidades públicas; que liam livros e continuavam estudando ao encerrar suas carreiras; que aspiravam a trabalhar por salários medianos em repartições estatais e se socializavam em espaços públicos onde confluíam com os setores populares. As novas classes médias têm como referência os mais ricos, aspiram a viver nos bairros privados, longe das classes populares e da trama urbana, são profundamente consumistas e desconfiam do pensamento livre.
 
Se há uma década parte dessas classes médias bateu panelas contra ocorralito do ministro da Economia, Domingo Cavallo, e em certas ocasiões confluiu com os desempregados (piquete e panela, a luta é uma só, era o lema de 2001), agora sua única preocupação é com a propriedade e a segurança; e acredita que a liberdade consiste em comprar dólares e veranear em hotéis cinco estrelas.
 
Essas classes médias (e uma parte dos setores populares) estão modeladas, culturalmente, pelo extrativismo: pelos valores consumistas que o capital financeiro promove, tão distantes dos valores do trabalho e do esforço que a sociedade industrial promovia há apenas quatro décadas.
 
Os defensores do modelo neoliberal têm uma base de apoio em torno de 35% a 40%  do eleitorado, como mostram todos os processos da região. Frequentemente não sabemos como enfrentar essa nova direita. Não é fazendo agitação contra o imperialismo que a derrotaremos, mas sim mostrando que se pode desfrutar a vida sem cair no consumismo, o endividamento e o individualismo.


Publicado no site Carta Maior

PT repudia acordo que deu pré-sal à Chevron

Pré-sal: PT seguirá combatendo projeto tucano

Em nota oficial, o presidente do partido, Rui Falcão, divulga a posição do partido de seguir na defesa da Petrobras, contra o projeto de José Serra


O País assistiu, ontem, a primeira de uma série de novas batalhas em defesa da propriedade pública e nacional do petróleo. Aprovado pelo Senado, o projeto do tucano José Serra retira a obrigatoriedade legal de participação da Petrobras nos campos do pré-sal. Mesmo atenuado em sua versão substitutiva, fragiliza o regime de partilha e a política de conteúdo nacional.

A bancada de senadores petistas, em conjunto com seus principais aliados, entre os quais destaco o senador Roberto Requião (PMDB-PR), se comportou com firmeza e bravura, solidária à orientação partidária, votando contra o PL 131.

Apesar da derrota parlamentar sofrida, o Partido dos Trabalhadores continuará empenhado em resistir ao retrocesso representado por esta mudança da lei. Nossos deputados federais combaterão a medida, na Câmara, com a mesma tenacidade dos nossos senadores.

O PT marchará ao lado das demais forças progressistas, dos movimentos populares e sindicais contra este ataque à soberania nacional e ao nosso desenvolvimento independente.

Rui Falcão

Presidente nacional do PT

Lava-jato tem calendário eleitoral

Por Geraldo Galindo

No dia 17 de janeiro, alguns sites e jornais publicaram uma matéria que seria uma espécie de balanço da Operação Lava Jato e suas perspectivas futuras, feita por promotores do Ministério Público, que se reuniram em Brasília no dia 14 do mesmo mês. Um dado importante que chamou a atenção e com pouca repercussão foi o prazo estabelecido para o encerramento da força-tarefa: mais três anos, terminaria em janeiro de 2019, segundo os procuradores.


A data prevista para o suposto fim da operação é exatamente o prazo final de duração do mandato da presidenta Dilma, ou seja, os setores da Justiça, do MP e da Polícia Federal, a serviço de interesses escusos e partidários, definiram que se não derrubarem o governo durante o mandato, não darão trégua durante todo o período da gestão, para inviabilizar qualquer tentativa de estabilização da crise política e econômica que o país atravessa.

Daí ser necessário deixar claro que a Lava Jato tem um calendário político eleitoral bem planejado, a ideia é sangrar os partidos da esquerda e da base do governo, especialmente o PT, desmoralizar o presidente Lula e preparar o terreno para o retorno das forças reacionárias e entreguistas ao comando do país. Devemos lembrar que os liderados do nebuloso juiz Sérgio Moro tentaram interferir, sem qualquer escrúpulo, para mudar o cenário da eleição 2014 em favor do candidato Aécio Neves, para quem faziam campanha aberta nas redes sociais. Na semana do pleito, criminosamente, vazaram depoimentos seletivos para colocar a candidata Dilma em situação de imensas dificuldades. Ela teve que desmentir em curto espaço de tempo as calúnias veiculadas pela mídia, que transformou um factó ;ide forjado num escândalo de grandes proporções.

Derrotados na eleição, desde o início do mandato, a oposição tem suas esperanças em promover um golpe de estado no Brasil a partir da colaboração da equipe do juiz de camisas pretas. Durante um ano e dois meses a honrada presidenta Dilma tem feito esforços cotidianos para superar a crise que se arrasta, mas em todos os momentos em que consegue alguma relativa calmaria, os conspiradores do Paraná entram em ação. A prisão recente de João Santana é só mais um exemplo da execução do plano da oposição de não dar trégua e colocar o governo contra a parede. 

No momento em que a tese do impeachment tinha perdido o fôlego após a articulação política do governo ter alcançado vitórias importantes, era esperado que a tropa de choque da oposição instalada no aparato do estado entrasse em cena com uma espetaculosa operação. Na semana em que o PSDB se via em dificuldades por conta de seu principal expoente ter sido desmoralizado por usar concessionária do governo para pagar pensão a ex-amante; e quando este mesmo partido é flagrado desviando recursos da merenda escolar em São Paulo, não era aceitável para Moro e seus seguidores a manutenção de um ambiente desfavorável para se us correligionários.

Já são 23 operações da Lava Jato realizadas em dois anos, quase uma por mês. Se a República de Curitiba planeja mais três anos de atividades, podemos supor que, mantida a média, teremos pelo menos 36 outras. Estas operações atravessariam a campanha eleitoral deste ano e a de 2018, período em que Sérgio Moro teria a liberdade de orquestrar seus planos de atacar os adversários e proteger os aliados, transformando o país num estado de exceção legitimado pela mídia e com o silêncio do governo. 

Após a reunião acima citada, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima fez a seguinte declaração à imprensa: " Ante o material que já obtivemos é possível dizer que em 2016 teremos inúmeras operações e não deve haver diminuição no ritmo de trabalho em relação aos anteriores". Este mesmo procurador fez questão de dizer na oportunidade que o alvo deles a partir de agora seriam os partidos políticos (entenda-se PT e aliados).

O Brasil é hoje um dos raros países do mundo em que um juiz, levando em conta suas posições político-ideológicas, prende e humilha pessoas ao seu bel prazer. Na verdade estamos vivendo uma ditadura de um senhor que tem plena liberdade para subverter a ordem jurídica ao prender e execrar antes de julgar. Se o preso se transforma em delator para denunciar o PT ele tem penas brandas ou é liberado. Se ele denuncia membros da oposição, é ignorado e tem penas severas. 

O juiz que prende a cunhada do tesoureiro do PT e a esposa do marqueteiro da campanha de Dilma é o mesmo que mantém livre a esposa de Eduardo Cunha - seu aliado na oposição ao governo -, que comprovadamente gastou recursos de propina vindos de nebulosas operações na Petrobrás. Não que ela deva ser presa arbitrariamente, pois todos os acusados, a princípio, devem responder a processos em liberdade, mas apenas para demonstrar a imparcialidade e a conduta partidária dos carrascos do Paraná.

O programa do PT veiculado no dia 23 de fevereiro fez críticas veladas à oposição que patrocina os ataques ao estado de direito. Mas não deram nomes aos bois, não disseram quem são os responsáveis pela tentativa do golpe em curso. Usaram "eles" sem especificar quem são eles. Após a prisão de João Santana alguns blogs divulgaram que o governo teria se incomodado com o juiz Sérgio Moro, que estaria sendo visto no Planalto como o "braço jurídico do PSDB" na armação do golpe. Ora, desde o início da Lava Jato está claro para os que têm um mínimo de discernimento, que os vendedores de vazamentos seletivos operam partidariamente.

As recentes conquistas democráticas do Brasil correm perigo. Práticas comuns em ditaduras estão a ocorrer sem cerimônias ou constrangimento, sempre apoiadas e sustentadas pela grande mídia. A esquerda brasileira e os movimentos sociais têm a obrigação de denunciar com toda ênfase esse esquema perverso de perseguição política, incrustado no judiciário, MP e na Polícia Federal, e ao mesmo tempo exigir punição rigorosa aos corruptos, seja de que partido for, garantindo amplo direito de defesa a todos.

* Geraldo Galindo é da direção estadual do PCdoB - Bahia.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Escritor italiano Umberto Eco morre aos 84 anos

Morreu, nesta sexta-feira (19), o escritor italiano Umberto Eco, em Milão, aos 84 anos de idade. O falecimento do filósofo, ensaísta e linguista, também conhecido por best-sellers como O Nome da Rosa, foi confirmado por seus familiares à imprensa italiana.
Filho de um contador, Eco nasceu na cidade italiana de Alexandria, em 1932. Diplomou-se em Filosofia em 1954, pela Universidade de Turin. Ao longo da década de 1960, tornou-se referência no campo de estudos da Comunicação, com ensaios acadêmicos como Apocalípticos e Integrados (1964).
Em 1980, tornou-se mundialmente conhecido após a publicação do romance medieval O Nome da Rosa, que vendeu 10 milhões de cópias e foi traduzido para 30 idiomas. A obra foi adaptada seis anos depois para o cinema pelo diretor Jean-Jacques Annaud e foi estrelado pelo ator Sean Connery.  
Um dos intelectuais italianos mais conhecidos, Umberto Eco foi professor de semiótica na Universidade de Bolonha e lecionou nas universidades norte-americanas de Yale, Harvard e Columbia. Atualmente, ocupava a presidência da Escola Superior de Ciências Humanas da Universidade de Bolonha.
Expoente da Semiótica, escreveu mais de 20 ensaios acadêmicos e foi autor de sete ficções.  
Lançado em 2015, seu último livro, O Número Zero, é uma crítica ao jornalismo atual e à superficialidade das novas mídias.   
Eco, que enfrentava um câncer, não teve as causas de sua morte divulgadas pela família.  
(Com informações da Agência Brasil e Deutsche Welle) 

Pet Shop Boys - Go West - vamos curtir?

O MPF se tornou um partido político?


Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Já são três citações sobre Aécio Neves na Lava Jato.

A primeira foi quando o doleiro Alberto Yousseff passou informações detalhadas sobre as propinas de Furnas para Aécio. O Procurador Geral da República Rodrigo Janot mandou arquivar.

Ontem, o Ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal) acatou novo pedido de Janot e arquivou o inquérito aberto para apurar as menções do delator Ceará a Aécio alegando contradições nos depoimentos.

Para ser arquivado, é porque foi aberto um inquérito. Só se soube do inquérito quando do anúncio do arquivamento. Sigilo absoluto, enquanto vazavam informações sobre o senador Fernando Collor (até objetos íntimos foram alvo de vazamento) e sobre o deputado Eduardo Cunha.

Em casos similares, de contradições nos depoimentos, como em relação ao senador Lindberg Farias, ocorreu o oposto. Paulo Roberto Costa disse que o ajudou através de Yousseff. Em delação, Yousseff garantiu que nunca viu o senador. O caso tornou-se público e Janot ordenou que o inquérito prosseguisse. Dois pesos, duas medidas.

Ao mesmo tempo, Janot mantém na gaveta da PGR o inquérito aberto contra Aécio em 2010, por lavagem de dinheiro em uma conta em Liechtenstein em nome de uma offshore com sede em Bahamas. E empenhou-se pessoalmente em derrubar o inquérito aberto contra o senador Antonio Anastasia.

Enquanto isto, a Lava Jato trata como escândalo instalação de torres de telefonia em Atibaia e os procuradores do Distrito Federal vazam inquérito sobre os financiamentos do BNDES, sem ouvir o outro lado, escandalizando até informações banais – como o fato de uma cliente contumaz do BNDES, como a Odebrecht, liberar financiamentos em prazo inferior ao de um novo cliente.

Na primeira fase, a Lava Jato identificou brilhantemente todo o esquema de corrupção, inclusive prendendo os corruptos. Foi um período saudado pela recuperação de parte do dinheiro roubado.

Na segunda fase, perdoou um a um os delatores que aceitaram entrar no jogo político – que consistia em delatar os políticos do lado de lá e nada falarem sobre os do lado de cá.

A luta contra a corrupção foi um álibi para a luta política. Agora poderão voltar à sua vida normal, como Yousseff depois da delação premiada no caso Banestado.

Lição que fica: você pode praticar tranquilamente sua corrupção, desde que aceite fazer o jogo político dos seus inquisidores.

O caso Fifa

Sobre a cooperação internacional nas investigações do FBI sobre a FIFA.

1. A Globo é peça central nos episódios, pois fechou os maiores contratos de transmissão com Ricardo Teixeira e João Havelange. Em todos os países, a emissora e a empresa de marketing formam um todo único. É o caso da empresa de J.Hawila com a Globo.

2. Os Ministérios Públicos da Argentina, Uruguai, Chile, México há mais de um ano enviam regularmente informações ao FBI para apuração dos crimes da FIFA, dentro do modelo da cooperação internacional,. O Brasil é o mais atrasado dos países da América Latina, o que tem provocado estranheza no próprio FBI.

3. O MPF solicitou ao FBI as informações levantadas sobre a conexão brasileira do escândalo. No Rio de Janeiro, uma juíza de primeira instância barrou o envio e ordenou a devolução do material. Esse episódio ocorreu há um ano. Até hoje o MPF não logrou derrubar a determinação.

O que separa países civilizados de repubiquetas é o exercício da isonomia, a noção de que a aplicação da lei pressupõe o primado da isonomia.

Pergunto: por acaso o Brasil tornou-se uma republiqueta, para aceitar passivamente essa quebra total de isonomia?

Pode ser que sim. Pode ser que não.

Mas não dá mais para esconder-se das críticas sob o argumento de que há interesses ocultos da parte dos críticos. Pouco a pouco, a imagem do poder defensor da cidadania, dos direitos difusos, o avalista dos tratados internacionais, vai se diluindo e abrindo espaço para uma imagem pouco dignificante, dos que se deixam seduzir pelo excesso de poder.

Vigilância Sanitária do Crato intensifica orientações no combate à "virose da mosca"



Em virtude da chamada "virose da mosca", a Coordenação da Vigilância Sanitária do município do Crato vem intensificando o trabalho de fiscalização aos estabelecimentos que comercializam alimentos.

Na quinta-feira, 18, a equipe da VISA visitou os boxes localizados na Praça da Sé, onde orientou os vendedores na questão da manipulação dos alimentos.

De acordo com Arlene Sampaio, coordenadora da VISA, todas as fiscalizações possuem caráter educativo e nela são repassadas as orientações da RDC 216, que dispõe sobre as boas práticas de manipulação de alimentos.

"Nos preocupamos em repassar essas orientações para que eles apliquem e cumpram a legislação. Caso eles não cumpram, e a vigilância encontre irregularidades, serão notificados de acordo com o que for encontrado e poderá ser dado prazos para se adequarem. Caso não sejam sanadas as irregularidades, eles responderão por infringir a legislação sanitária", explicou Arlene.
A coordenadora ressaltou também que esse trabalho é feito constantemente, e não somente por causa da "virose da mosca".

Prefeitura de Juazeiro quer iniciar o reasfaltamento do bairro Triângulo no mês de abril

O prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo, anunciou que se encontra em fase de conclusão as obras de drenagem pluvial em algumas artérias nos bairros Antonio Vieira e Triângulo. Ele adiantou sobre o desejo de começar o reasfaltamento do bairro Triângulo no mês de abril. Antes, no mês de março, quer ver reasfaltada a Avenida Carlos Cruz no trecho entre a estação ferroviária e a Rua Santa Luzia a exemplo do lado oposto entre a Rua São Benedito e o início da Avenida Virgílio Távora.
Entre recapeamento e colocação de novo asfalto, Raimundão observou que o município já aprontou diversas ruas dos bairros Salesianos e Betolandia dentro do processo de melhoria ou recuperação da malha viária de Juazeiro. Ele citou ainda a retomada no reasfaltamento de ruas no bairro Limoeiro e os serviços de reurbanização das avenidas Letícia Pereira e Tenente Raimundo Rocha entre os bairros Lagoa Seca e Cidade Universitária.
Na Rua Domingos Calazans, ao lado da Cajuína São Geraldo, foi feita a colocação de manilhas numa obra que começou na Rua Letícia Vasconcelos perto da Praça do Triângulo. A drenagem corta as ruas Valdomiro Ribeiro, Joaquim de Figueiredo, João Maciel e adentra na Rua José Bernardo da Silva quando as águas vão desembocar na Avenida Paulo Maia e chegarão ao Rio Salgadinho sem causar transtornos no inverno. No bairro Antonio Vieira já existe a construção de uma galeria pluvial na Rua Antonio Domingos dos Santos.

Acordo histórico vai agilizar demarcação de terras dos Tapeba em Caucaia

Um grande passo para a conclusão do processo para demarcação das terras indígenas dos Tapeba, no município de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza, foi dado nesta sexta-feira (19), com a assinatura de um termo de acordo entre União, Estado, Município, Comunidade Indígena, Fundação Nacional do Índio (Funai) e proprietários da área que será entregue a tribo. Ao lado do ministro da Justiça Eduardo Cardozo, o governador Camilo Santana reafirmou o papel do Governo nesse processo. “Esse é um esforço coletivo. A partir de agora, a Funai tomará as providências para a regulamentação da área. Mas o Estado assumiu o compromisso de garantir toda infraestrutura necessária para o local e isso será honrado, para que todos possam melhorar a qualidade de vida”, salientou.

Atualmente, cerca de 280 famílias da tribo habitam uma área às margens da BR-222 e, com a ação, serão realocados para um terreno de mais de 32,4373 hectares (32 hectares, 43 ares e 73 centeares). O local onde será o novo habitat dos Tapeba, antes era ocupado pela fazenda Soledade, de propriedade da família Arruda. A delimitação da área para a reserva indígena foi intermediada pelo Instituto de Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace), através de uma negociação entre um representante da família Arruda com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai).

O ministro Eduardo Cardoso falou sobre a conquista histórica da comunidade indígena. “Estou extremamente feliz, pois os índios Tapeba terão terra. Seus direitos constitucionais estão assegurados e os proprietários estão felizes porque negociaram e têm suas áreas liberadas. Olha, se não tivesse feito mais nada no Ministério da Justiça nesses cinco anos, só estar aqui hoje valeria a pena”, enfatizou, bastante emocionado.

O titular do ministério da Justiça disse ainda que usará o Ceará como exemplo nacional. “Temos conflitos em vários estados do país; ações na Justiça que se arrastam a décadas; locais em que as pessoas não sentam na mesma mesa para dialogar. E hoje, aqui no Ceará, vemos que a mediação dá certo. Quero usar o exemplo dos Tapeba como referência para o Brasil. Se aqui deu certo porque outro estado não consegue?”, indagou.

De acordo com o presidente da Associação das Comunidades dos Índios Tapeba, Weibe Tapeba, a acordo histórico é a vitória de um povo que luta há mais de 30 anos. “Para nossa comunidade, que aguardou mais de três décadas, esse momento é importantíssimo, pois vai garantir os compromissos assumidos pelos partícipes do termo de acordo. Esse ato solene é apenas um passo do nosso povo, mas daqui a três meses veremos a assinatura da portaria declaratória, prevista no acordo firmado aqui”, salientou.

Crianças de Guaraciaba do Norte contarão com Centro de Educação Infantil

O município de Guaraciaba do Norte, na Região Norte do Estado, contará em breve com um Centro de Educação Infantil (CEI), para melhor a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças do município. O governador Camilo Santana assinará, neste sábado (20), às 19 horas, a ordem serviço para a construção do novo equipamento. A obra receberá recursos no valor de R$ 1 milhão, oriundos do Governo do Estado, por meio de empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e contrapartida do município.

O CEI será composto por quatro salas de aula, laboratório de informática, refeitório, cozinha, berçário, fraldário, dormitório, copa, recepção e playground. Poderá atender até 208 crianças, na faixa etária de 0 a 5 anos. Até agora, a gestão estadual autorizou as obras dos Centros de Educação Infantil de Carnaubal, Saboeiro, Horizonte, Pentecoste, Tianguá, Ipu, Santa Quitéria, Acopiara, Camocim, Cedro, Salitre, nas localidades de Dom Expedito e José Euclides, em Sobral, Granja, Orós, Jaguaribe, Tejuçuoca e Morrinhos.

Os Centros fazem parte do pacote de investimentos lançado pelo governador em 2015 para a construção de 54 espaços educacionais com o mesmo padrão. Os recursos são da ordem de R$ 70,8 milhões e integram o Programa de Ampliação da Oferta Municipal de Educação Infantil. Outros 65 Centros estão assegurados para as crianças cearenses. Ao todo, o Estado ganhará 119 CEIs. As obras são supervisionadas pela Secretaria de Infraestrutura, por meio do Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE).

PSD reúne multidão no encontro regional em Tianguá


O encontro regional do PSD em Tianguá reuniu uma verdadeira multidão na Escola Estadual Monsenhor Aguiar neste sábado (20). Durante a reunião, centenas de pessoas puderam ouvir a presidente estadual do PSD, Patrícia Aguiar, sobre as propostas do partido para a construção de um Ceará com mais desenvolvimento e melhoria social. A fala de Patrícia foi ressaltada pelos discursos do deputado federal Domingos Neto e do deputado estadual Odilon Aguiar. 

O encontro contou também com as presenças dos deputados estaduais Naumi Amorim, Beth Rose e Nizo Costa e lideranças de Tianguá, como os ex-prefeitos Luiz Menezes e Natália Félix e o vereador José Nilton.

O PSD compõe o bloco partidário com o PMB. Os próximos encontros regionais serão em Cariús (dia 26/02), em Icó (27/02) e em São Gonçalo do Amarante (04/03).

SEMA implementará Coleta Seletiva para 11 municípios do Cariri

A Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) desenvolverá o Plano Regionalizado de Coleta Seletiva para atender 11 municípios do Cariri: Araripe, Assaré, Campos Sales, Salitre, Saboeiro, Farias Brito, Nova Olinda, Santana do Cariri, Potengi, Altaneira e Antonina do Norte. Os recursos, já assegurados em R$ 197.571,82, serão provenientes do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Estado do Ceará – FDID.
A expectativa é que o projeto comece a ser executado ainda em junho deste ano. Até lá a Coordenadoria de Desenvolvimento Sustentável – Codes –, da SEMA, terá realizado as licitações para contratação de consultoria e aquisição de maquinários para os galpões de triagem, equipamentos de proteção individual e kit de computador.
As coordenadoras do projeto, Mara Silva e Fabíola Martins, destacam que as aquisições de bens serão destinadas ao uso de associações e cooperativas de materiais recicláveis em parcerias com as prefeituras. Elas explicam que o projeto segue as diretrizes da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, baseando-se nas dimensões da sustentabilidade de modo a conciliar a conservação dos recursos naturais com o desenvolvimento econômico e a inclusão social de catadores de materiais recicláveis.

Chove em algumas cidades cearenses neste final de semana

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) explicou que a chuva que atingiu 22 municípios cearenses na manhã de sábado, ontem, 20 foi  motivada pela atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis no Nordeste.
Até às 8h da manhã, a Funceme já havia registrado precipitação de 78 mm em Fortaleza, maior índice entre os municípios, seguido de São Gonçalo, com 59 mm. Domingo também deve chover na Região Jaguaribana.
Publicado no Ceará News 7

Dicas para quem quer ser feelancer

Como render mais fazendo freela

Seja para complementar a renda ou ser a única fonte de receita, o trabalho como freelancer requer alguns cuidados. Saber administrar a renda é primordial para quem quer seguir esse caminho. A revisora Joice Nunes, do site Papel Ofício, conta que, quando entrou no mercado, ‘metia os pés pelas mãos’. “Depois eu fui buscando informações, sempre reservando uma quantia para manter as contas pagas”, afirma.
Segundo o economista e consultor financeiro Raimundo Padilha, quando a renda mensal é incerta, como é no caso dos freelancers, a construção do orçamento deve ser ainda mais elaborada. “O freelancer deve se programar e analisar os gastos, fazendo uma reserva de recursos nos meses de maior demanda”, alerta.
O fotógrafo João Pedro Souza afirma que estipula uma quantia para os gastos fixos e tenta não extrapolar o orçamento. “Eu sei que tenho que pagar meu plano de saúde e a conta de energia, por exemplo, por isso já guardo esse dinheiro”, diz o fotógrafo.
Ainda de acordo com Padilha, o profissional freelancer deve priorizar as compras a vista para não ter dívidas a longo prazo. “Quando se tem uma renda constante, fica mais fácil controlar os gastos. Mas quando se é freelancer, o orçamento deve ser feito por períodos, sempre evitando comprar sem necessidade”, conclui.
Organização
Se organizar para entregar os trabalhos em dia é uma das primeiras atitudes para se estabilizar e aumentar a renda como freelancer. Joice conta que, entre dissertações, livros e teses, recebe cerca de seis trabalhos por mês. Para dar conta, ela prepara uma rotina rígida, mesmo trabalhando em casa.
“O trabalho em casa pode trazer muitas distrações. Então, montei algumas estratégias como um horário de trabalho certo para acordar e começar como se fosse um emprego fora de casa”, diz.
Além disso, às vezes, quando ela percebe que não poderá entregar o serviço dentro do prazo, ela busca ajuda de outros revisores. O importante é que o cliente receba o produto. “Eu conto com a colaboração de mais dois revisores, um de Londrina e outro de São Paulo. Primeiro eu os analisei, e hoje, quando tenho muita demanda, elas revisam para mim alguns trabalhos”, conta.
Quando o trabalho é entregue no prazo, o cliente fica satisfeito e pode fazer propaganda do seu serviço. Segundo Abílio Diógenes, especialista em Marketing, ter compromisso com o cliente está relacionado com a imagem do profissional freelancer. “Quando você tem uma imagem positiva, você consegue fidelizar o cliente. A imagem não é só o visual, é também a percepção das experiências que o cliente terá com você”, diz.

Horário de verão permitiu economia de R$ 162 milhões, segundo ONS

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou ontem que o país economizou R$ 162 milhões durante o horário de verão deste ano, que acaba amanhã (domingo). A economia foi possível porque, com o horário diferenciado, não foi preciso adicionar mais energia de usinas termelétricas para garantir o abastecimento do país nos horários de pico.
 A expectativa inicial do ONS, no início do horário de verão, era de uma economia de R$ 240 milhões em função da diminuição de geração térmica. O operador ainda não explicou porque a meta não foi atingida.
A diminuição de demanda equivale a uma redução de energia de 0,5% da carga nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde o horário de verão foi implementado. Segundo o ONS, a continuidade da aplicação do horário de verão representa um custo evitado de investimento no sistema elétrico de R$ 7,7 bilhões, que seriam necessários caso a medida não fosse adotada.

Publicado no jornal O Povo

Modo tucano de tratar adversários políticos

“Revoltados” exigiram do secretario de Segurança de SP que PM atacasse petistas

Quando esta página afirma que há uma ditadura informal no Brasil, que colocou instituições do Estado a serviço de grupos contrários ao governo constitucional do país e ao partido da presidente da República, podem achar que é exagero. Contudo, o Blog obteve informações que mostram promiscuidade entre o governo de São Paulo e grupelhos políticos.

No último dia 17 de fevereiro, houve um grande tumulto diante do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, onde o ex-presidente Lula iria depor em processo fraudulento contra si desencadeado por um promotor do Ministério Público paulista ligado ao PSDB – processo que, vale dizer, foi sustado pelo Conselho Nacional do Ministério Público devido aos vícios de origem.

O Blog esteve no local conferindo os acontecimentos e obteve informações de extrema relevância que mostrarão como o governo Geraldo Alckmin está usando instituições do Estado de São Paulo com finalidade política, para atacar adversários políticos e quem possa apoiá-los.

Grupos contrários e favoráveis ao ex-presidente Lula se posicionaram à porta do Fórum e, dali em diante, começou uma guerra de torcidas que elevou sobremaneira o nível de tensão no local.

Como os manifestantes favoráveis a Lula eram milhares e os contrários ao ex-presidente somavam, no máximo, 30 ou 40 pessoas, as Polícias Militar e Civil foram usadas pelo governo Geraldo Alckmin para suprir a falta de manifestantes anti Lula.

A atitude dos policiais civis e militares era francamente hostil aos manifestantes pró Lula e solidária com os anti Lula. Os poucos manifestantes fascistas ficavam cochichando com os policiais e apontando manifestantes contrários.

Em resumo, a PM comandada pelo governo do PSDB agiu como segurança particular dos manifestantes antipetistas.

A certa altura, policiais civis entraram em cena e começaram a fotografar e até a intimidar (de modo dissimulado) os manifestantes pró Lula.

No fim da manhã de quarta-feira 17 de fevereiro, o clima começou a esquentar no local. Os manifestantes antipetistas decidiram inflar um boneco infamante que representa uma caricatura do ex-presidente Lula usando roupa de presidiário e essa intenção começou a incendiar a militância antipetistas, revoltada com o crime que estava começando a ser perpetrado.

Vale ressaltar que o boneco em questão constitui um crime contra a honra do ex-presidente Lula e, portanto, é ilegal. Esse instrumento de difamação está tipificado nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal:

Art. 138 – Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena – detenção, de seis (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
§ 1º – Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Como o ex-presidente Lula jamais foi condenado criminalmente e, inclusive, nem mesmo responde a qualquer processo na Justiça, representá-lo como presidiário é um crime claro contra a sua honra.
Todo o quadro descrito acima combina com o relato de um militante petista que decidiu se infiltrar entre os fascistas para ver o que tanto eles conversavam com a polícia.
O militante em questão já saíra de casa preparado. Vestiu uma camisa e um boné com motivos militares para se misturar com os antipetistas, os quais, ao mesmo tempo em que pediam prisão de Lula, defendiam a volta da ditadura militar.
A fonte do Blog relata que um dos líderes daquele movimento de difamação do ex-presidente, um tal “Marcelo Reis”, de um grupo fascista auto intitulado “Revoltados On Line”, não parava de conversar com o comandante da Operação anti Lula da PM.
O informante deu um jeito de se aproximar e escutou a conversa. O comandante dizia ao tal Reis que já não podia garantir a a segurança do seu grupo porque o efetivo de que dispunha não era suficiente e que se o boneco de Lula fosse inflado haveria confronto e a PM não poderia ajudar, já que os petistas eram milhares e policiais e fascistas juntos não chegavam nem a cem, apesar de que os policiais dispunham de armas de fogo e outros instrumentos.
Reis ficou indignado. Chamou um homem alto, branco, usando óculos escuros e boné. Esse homem fez uma ligação e passou o telefone ao líder dos “revoltados”, que vociferou sua indignação com a pessoa do outro lado da linha.
Após uma breve conversa, Reis passa o telefone para o comandante da operação da PM. Quando o telefone foi passado de uma mão para outra, o informante do Blog tomou um susto. A foto no aparelho, que indicava para quem fora feita a chamada, era do Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Morais.
A fonte do Blog informa que ouviu gritos da pessoa que conversava com o comandante da operação da PM de apoio aos “revoltados” – provavelmente, quem gritava com o comandante da PM era o secretário de Segurança de SP.
Terminada a chamada, o comandante reuniu a tropa, mandou colocar grades em torno do boneco criminoso e afiançou aos revoltados que lhes seria garantido o direito de cometerem crime contra a honra de Lula. A partir dali, a PM agrediu violentamente os petistas.
Contudo, devido à coragem da militância petista, que enfrentou as armas da PM, os cassetetes, o gás de pimenta etc., o boneco foi rasgado em cinco lugares diferentes e não pôde ser levantado.
Imagine agora, leitor, se o ministro da Justiça determinasse à Polícia Federal que protegesse manifestantes petistas que tentassem inflar um boneco de Aécio Neves vestido como presidiário por já ter sido citado cinco vezes por delatores da Lava Jato como recebedor de propina?
Essa imagem fictícia serve para que até o leitor de direita entenda por que o governo Alckmin usar instituições públicas como PM e a polícia civil para atacar adversários políticos é ilegal e, aliás, deveria resultar em uma investigação oficial do Ministério Público de São Paulo, caso este também não atuasse a serviço da quadrilha tucana encastelada no governo de São Paulo.
Publicado no site Brasil 247

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

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Últimas Notícias

Um em cada quatro indígenas latino-americanos vive na pobreza

Um em cada quatro indígenas latino-americanos ainda vive na pobreza, apesar dos enormes progressos na região na última década em matéria de desenvolvimento e combate à pobreza, denuncia um estudo do Banco Mundial (BM) divulgado na segunda-feira 15.
O relatório América Latina Indígena no século XXI, a entidade ressaltou que os indígenas representam cerca de 8% da população total, mas são 14% dos cidadãos que vivem na pobreza, e não menos do que 17% das pessoas em situação de pobreza extrema.
"Pela primeira vez na história da América Latina, há mais pessoas vivendo na classe média do que na pobreza", mas "os povos indígenas não beneficiaram na mesma medida que o resto da população. Esta situação é inaceitável", declara Jorge Familiar, vice-presidente do Banco Mundial para a região, em uma entrevista coletiva.
Familiar disse que, de acordo com o estudo do banco, a proporção de famílias indígenas que vivem na pobreza é o dobro das famílias não indígenas na região latino-americana.
"Se quisermos atingir os nossos objetivos de redução da pobreza e impulsionar a prosperidade compartilhada, precisamos combater a discriminação e a exclusão para que todos os latino-americanos tenham as mesmas oportunidades de ter uma vida melhor", ressalta Familiar.
O estudo do Banco Mundial surpreende ao constatar que quase metade (49%) de toda a população indígena latino-americana vive em áreas urbanas. Desse total, a maioria absoluta é relegada a favelas, onde muitas vezes enfrentam a pobreza extrema e vivem em áreas de risco, insalubres e poluídas.
A especialista Dianna Pizarro, especialista do BM em Desenvolvimento Social, apontou que a presença de comunidades indígenas em áreas urbanas pode ser explicada pela possibilidade de conseguir melhores empregos ou até mesmo pelo acesso à educação, "mas que vem acompanhado de uma grande perda cultural".
Nessas áreas urbanas, aponta o estudo, os povos indígenas estão envolvidos em trabalhos de baixa qualificação ou no setor informal e, portanto, sem benefícios sociais.
De acordo com Familiar, o Banco Mundial apresentou o estudo para apoiar "a visão de que a preservação da identidade cultural dessas comunidades não precisa ser contrária à criação de oportunidades e desenvolvimento". Cerca de 80% da população indígena da América Latina está concentrada no México, Peru, Guatemala e Bolívia, de acordo com a BM.
Na Carta Capital

A torcida do Corinthians goleia a Globo

Por Altamiro Borges
Blog do Miro
Na quinta-feira (11), a torcida organizada Gaviões da Fiel surpreendeu todo mundo ao exibir faixas contra a TV Globo e a corrupção no futebol durante o jogo entre o Corinthians e o Capivariano. A PM de Geraldo Alckmin reprimiu os manifestantes e a emissora, que adora bravatear sobre a liberdade de expressão, censurou o protesto pacífico. Já neste domingo (14), durante a partida contra o São Paulo, na Arena de Itaquera, a torcida não se intimidou e voltou a golear o império global. As faixas foram ainda mais politizadas: “Futebol é refém da Rede Globo”, “Ingresso mais barato”, “CBF e FPF, vergonhas do futebol”. Sobrou até para o governador Geraldo Alckmin, o queridinho da famiglia Marinho: “Quem vai punir o ladrão da merenda?”. Foi um show de bola!

A TV Globo novamente censurou as imagens do protesto, tratando os seus telespectadores como autênticos “midiotas”. Mas, na era da internet, as faixas bombaram nas redes sociais. Já os outros veículos da mídia, como num conluio mafioso, evitaram dar destaque para a manifestação. A Band, que também transmite o campeonato paulista num acordo de bastidores com a famiglia Marinho, caiu no ridículo. Seu comentarista, o ex-jogador Neto, chegou a afirmar “que não dá para ler direito o que está escrito”. O Portal Terra até registrou o episódio, mas tratou a torcida corintiana como “facção” – um termo pejorativo –, limpou a barra do governador tucano e tentou rebaixar o protesto. Mesmo assim, vale conferir o seu relato para registro histórico:

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Torcida do Corinthians repete protesto contra CBF e Globo

A torcida organizada Gaviões da Fiel voltou a protestar no clássico contra o São Paulo, nesse domingo, na Arena de Itaquera, contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Federação Paulista de Futebol (FPF) e a Rede Globo de Televisão, que detém os direitos de transmissão do Campeonato Paulista. Com faixas erguidas logo no começo do segundo tempo, a facção ligada ao Corinthians também pediu ingressos mais baratos e se manifestou contra o deputado estadual Fernando Capez (PSDB-SP), um dos críticos das uniformizadas paulistas.

"CBF e FPF, vergonha do futebol", dizia a primeira faixa erguida pelos torcedores. Com ela em mãos, os organizados desceram para perto do alambrado e estenderam o manifesto em um local visível na transmissão oficial da partida pela televisão. "Futebol refém da Rede Globo" e "ingresso mais barato" eram outras mensagens de protesto que apareceram na arquibancada.

"Quem vai punir o ladrão da merenda?", indagava uma quarta faixa dos uniformizados alvinegros. O protesto é uma referência direta ao deputado tucano Fernando Capez, que defende a extinção das uniformizadas. Presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, o político foi citado por delatores como um dos beneficiários de um esquema de pagamento de propina em contratos superfaturados de merenda escolar. Ele nega a acusação.

Com as faixas em punho, os organizados entoaram um canto de protesto. "Ladrão, devolve o futebol para o povão", gritavam os membros da Gaviões da Fiel. Na vitória por 2 a 1 contra o Capivariano, na última quinta-feira, a fação pendurou uma faixa com críticas à Rede Globo nas arquibancadas. A Polícia Militar, alegando que a faixa trazia dizeres ofensivos, exigiu a retirada do material e iniciou um tumulto nas arquibancadas.

O descontentamento da Gaviões da Fiel com a Rede Globo e as entidades que regulam o futebol paulista e brasileiro teve inicio após uma suspensão de 60 dias ser aplicada à facção. Os organizados foram punidos pela FPF por utilizarem sinalizadores na final da Copa São Paulo de Juniores, disputada entre o Timão e Flamengo, no Pacaembu. Dois protestos em frente à sede da federação paulista já foram realizados pela uniformizada alvinegra desde então.

A ideia de que "antigamente a vida era melhor"



Imagens idealizadas de um passado lendário projetadas em uma utopia para o futuro são matérias-primas de propagandas ideológicas que causam impactos poderosos na imaginação política das pessoas.
Há muitas variações desta mitologia, mas a noção geral é aquela que estimula uma nostalgia dos “bons e velhos tempos” do passado, que contrastam com os costumes corrompidos do presente.
Alguns desses tempos antigos foram de fato vividos pelos saudosistas. A questão é que a memória não registra tudo de forma homogênea: ela se esquece, seleciona, amplifica detalhes sentimentais insignificantes ou simplesmente apaga aquelas lembranças mais inconvenientes.
A memória pessoal nunca é um registro amplo e fiel da realidade.
veja o vídeo.

Camilo Santana absolvido pelo TRE


O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) julgou, na noite de ontem, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pedia cassação e inelegibilidade do governador Camilo Santana e também de seu antecessor, Cid Gomes, por suposto abuso de poder político e econômico nas eleições de 2014. Por unanimidade, os membros da Corte consideraram improcedentes os pedidos da ação assinada pela Procuradoria Regional Eleitoral do Ceará. O processo citava, ainda, a vice-governadora, Izolda Cela, e ex-secretários da gestão passada.
Na decisão, os juízes eleitorais Antônio Sales, Joriza Pinheiro, Castelo Carmurça, Mauro Liberato e Ricardo Porto acompanharam o voto da desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira, relatora do processo, que expôs, em documento de 29 páginas, argumentos que, na avaliação dela, apontaram para o entendimento de que a concessão de 80 convênios pelo governo Cid Gomes a prefeituras de 50 municípios cearenses, às vésperas da campanha eleitoral, não pode ser considerada ilegal. Assim, ao concluir que as provas não autorizaram o julgamento de que a celebração de convênios teve finalidade eleitoral, foram absolvidos, além de Cid, Camilo e Izolda, os ex-secretários Carlo Ferrentini (Cidades), Gilvan Paiva (Esportes), Sérgio Fontenele (Departamento Estadual de Rodovias) e Nelson Martins (Desenvolvimento Agrário).
Segundo a relatora, o Ministério Público Eleitoral não teve como provar que houve abuso de poder político, já que os convênios foram celebrados de acordo com a legislação vigente, respeitando plano de trabalho do Executivo, e os recursos estaduais teriam sido repassados aos municípios antes do dia 5 de julho de 2014, ou seja, fora do período vedado pela legislação eleitoral, de três meses antes do pleito.
Além disso, Nailde Nogueira destacou, em seu voto, que os convênios, os quais tratavam de obras de pavimentação, construção de praças, estádios, estradas, passagens molhadas e outros itens, foram celebrados com prefeitos apoiadores da coligação de Camilo e também com gestores de oposição à chapa apoiada por Cid Gomes. Antes, os membros do Pleno rejeitaram, ainda, a preliminar que alegava a ilegitimidade passiva de Cid Gomes no suposto esquema de compra de apoio à candidatura de Camilo e também a preliminar que questionava as nulidades de provas anexadas ao processo que haviam sido produzidas por meio de fotografias feitas no celular do então procurador regional eleitoral, Rômulo Conrado.
Defesa
Até o julgamento, as defesas dos representados sustentaram que o ex-governador não estava ciente dos atos de repasse de recursos dos convênios, uma vez que são de iniciativa dos secretários, e também que as fotos que mostravam falta de assinaturas nos contratos firmados, além de licitações ainda em processo ou inexistentes, não eram válidas por terem sido obtidas sem a autorização do secretário das Cidades, cargo ocupado, em 2014, por Carlo Ferrentini. 
Para rejeitar os pedidos, Nailde Nogueira ponderou que Cid não estaria alheio aos convênios, "visto que as secretarias estão subordinadas ao governador". Em relação à nulidade das fotografias, ela e os demais juízes não viram ilicitude nos registros, definindo-os como "prova documental pública". Na sessão presidida pelo desembargador Abelardo Benevides, os advogados Sarah Feitosa, que representou Cid Gomes, e André Costa, representante de Camilo e Izolda, falaram por dez minutos cada um, após 20 minutos de considerações do atual procurador regional eleitoral, Marcelo Monte. Em sua argumentação, o procurador citou números atribuídos ao Portal da Transparência para mostrar que, em valores atualizados, os convênios firmados em 2014 representaram uma soma de R$ 200 milhões, valor inferior aos registrados em 2013 (R$ 30 milhões), 2012 (R$ 64 milhões), 2011 (R$ 89 milhões) e semelhante apenas ao montante destinado a convênios em 2010 (R$ 150 milhões), que também era ano eleitoral. Para Monte, as obras previstas nos convênios não tratavam de necessidades de emergência ou calamidade pública, como prevê a legislação. O advogado André Costa qualificou os argumentos como "presunções" e afirmou que "a conta não bate com a realidade dos fatos". Segundo ele, R$ 73 milhões foram repassados por convênios em 2014, "dentro da legalidade".
fonte: Diário do Nordeste