quarta-feira, 31 de outubro de 2007

CARLOS MACEDO

O prefeito de Aurora Carlos Macedo (PSB) mudou seu endereço eleitoral. Agora ele está com seu título em Juazeiro do Norte e promete falar muita coisa que pode até mudar o panorama eleitoral da terra de Padre Cícero. Carlos Macedo fez, na visão de seu partido, uma das melhores administrações municipais. É um político com trânsito livre no Governo Cid Gomes, tendo sido um dos primeiros prefeitos a levantar a bandeira da candidatura de Cid no Cariri. Tem crédito para gastar com o governador e está dizendo nos bastidores que pretende gastar esse crédito para chegar à prefeitura de Juazeiro do Norte. Seu discurso é simples: as esquerdas de Juazeiro, e os setores mais progressistas devem se unir, elaborar um programa de governo democrático e popular e marcharem unidos rumo às eleições de 2008.

Um comentário:

Armando Rafael disse...

Tarso:
Teve uma ação do prefeito Carlos Macedo que eu nunca perdoei. Foi quando ele deu o nome de Ernesto Che Guevara de Serna a um posto de saúde construído no sítio Santa Vitória, município de Aurora.

Com tantos nordestinos ilustres, que souberam valorizar os pobres, e não são lembrados (por exemplo: Antônio Conselheiro, Luiz Gonzaga, Beato Zé Lourenço, Patativa do Assaré, dentre outros) a Prefeitura de Aurora escolheu justamente o guerrilheiro argentino-cubano para homenagear...
Depois da matéria da revista Veja, quando a ficha caiu, todo mundo hoje sabe quem é Che Guevara. Mas há 4 anos eu protestei dizendo que Che Guevara foi uma pessoa profundamente autoritária, machista, racista e intolerante.
Che Guevara iniciou sua vida pública como companheiro de Fidel Castro, na guerrilha de Sierra Maestra, que prometia devolver a liberdade aos cubanos (à época vítimas de outra ditadura, a de Fulgêncio Batista) mas que terminou por implantar um regime comunista de partido único, na ilha-prisão. Ficou célebre uma passagem de Che Guevara em Sierra Maestra. Nomeado comandante de uma coluna (divisão interna dos revolucionários) aquele que “não perdia a ternura jamais”, certa ocasião, se deparou com um subordinado furtando um pouco de comida. Mandou fuzilar o “ladrão” imediatamente, sem maiores formalidades e sem conceder-lhe o sagrado direito de defesa. Pasmem! Aquele que teria dedicado a vida inteira à "causa dos pobres", assassinou um deles, por roubar um pouco de alimento para saciar a fome. “Hay que endurecer...”
Vitoriosa a Revolução, Guevara participou de centenas de fuzilamentos de partidários de Fulgêncio Batista no “Paredón”. Depois foi premiado com a Presidência do Banco Central de Cuba. Como não entendia nada de economia, mas só de guerrilha e de fuzilamentos, acabou por arruinar o banco, agravando ainda mais o estado lastimável da economia cubana. Depois foi mandado para fazer outras revoluções na Venezuela, Congo e Bolívia. Nesses países, muita gente inocente foi imolada. Por essa época, década 60 do século passado, Che Guevara elogiou, através dos meios de comunicação, a Revolução Cultural chinesa, feita por Mao Tsé Tung. Nessa Revolução Cultural o tirano chinês comandou a morte de milhares de pessoas. Teve casos de chineses que morreram porque usavam calça jeans.

Quanta decepção nos causa, o fato deste sanguinário ter tido seu nome numa obra pública do município de Aurora. Ao final desta leitura, algum leitor poderá argumentar: não importa as ações de Che Guevara, o que vale é que ele dedicou a vida inteira a um ideal. Se esse argumento for válido, não estranhemos se alguém lembrar de homenagear também Adolf Hitler...