Com o argumento de que a Casa Civil virou alvo de acirrada disputa política, o governo vai tirar a ministra Dilma Rousseff da vitrine eleitoral até a temperatura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões baixar. No Palácio do Planalto, há certeza de que a excessiva exposição da chefe da Casa Civil - favorita do presidente Lula para sua própria sucessão, em 2010 - “foi um erro” que provocou a fúria da oposição e o fogo amigo no PT. O esforço do governo, agora, é para blindar a "mãe do PAC". Dilma manterá agenda de viagens para inaugurar obras do Programa de Aceleração do Crescimento, mas vai reduzir participação em encontros político-partidários e reuniões relacionadas a disputas municipais. Cumprindo cronograma técnico do PAC, ela estará hoje no Rio de Janeiro, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sexta, também com o presidente, irá a evento em Rio Grande (RS). Além desse recuo estratégico, o Planalto deve encontrar alguém para punir exemplarmente no caso do vazamento do dossiê sobre gastos no governo Fernando Henrique (1998-2002). Mas não será Dilma. Por enquanto, a retórica oficial é a de que “não há cabeças a cortar”. O desfecho, porém, pode não ser assim: Lula já foi informado de que virá “chumbo grosso” na CPI e o governo quer agir rápido para neutralizar ataques do PSDB e do DEM. Se a situação piorar, a sindicância interna na Casa Civil terminará em guilhotina. Um dos possíveis alvos da punição pode ser a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, apontada como responsável pelo suposto dossiê. Ela nega o fato. E Dilma resiste à hipótese de demiti-la - a ministra classifica as acusações como “tentativa de escandalizar o nada”. Assessores presidenciais, porém, investigam se algum funcionário palaciano de carreira - em especial os contratados na gestão FHC - pode ter culpa pelo vazamento de dados.
Fonte e mais informações Jornal O Povo(www.opovo.com.br)
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