A tendência divulgada pelo Datafolha, se potencializada nos próximos dias, projeta um cenário bastante disputado entre as três principais candidaturas na corrida pela Prefeitura de São Paulo.
Com a queda de Russomanno (PRB) e as oscilações positivas de Serra (PSDB) e Haddad (PT), as estratégias das campanhas na última semana serão decisivas.
O discurso mais crítico contra o candidato do PRB nas propagandas eleitorais parece ter surtido efeito.
Conforme demonstrado pelo Datafolha no último domingo, como a imagem de Russomanno alcança setores díspares do eleitorado, a desidratação de sua candidatura acarreta variações significativas no quadro.
Hoje, Haddad é quem mais lucrou com a queda do líder. O petista recupera terreno com os simpatizantes de seu partido, no extremo leste e entre os católicos. Serra melhora entre os que se dizem tucanos e na porção mais rica da zona sul.
Desde que ultrapassou Serra em agosto, o candidato do PRB nunca havia oscilado fora da margem de erro.
Caso os movimentos detectados pela pesquisa se intensifiquem, surge a probabilidade de que os três candidatos cheguem na véspera da eleição embolados.
Outras variáveis passam a contar. Não se pode descartar eventual exercício de voto útil por parcela do eleitorado diante de possível acirramento entre os três primeiros colocados.
E para os que acham que não há tempo para grandes mudanças, São Paulo é rica em contra-argumentos. Cite-se exemplo recente: em 2008 Marta (PT) liderava a disputa com 37% a uma semana do pleito, enquanto Kassab (DEM) tinha 24%. O hoje prefeito só a passou no dia da eleição, chegando a 31% dos votos contra 30% da petista.
MAURO PAULINO
DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA
ALESSANDO JANONI
DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA
JornalFolha de São Paulo
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