Sem esconder o abatimento, a presidente Dilma Rousseff fez ontem, em
Salvador, o primeiro desabafo em público sobre a decisão dos partidos
aliados de rejeitar a realização do plebiscito neste ano, além de se
referir às manifestações que derrubaram sua popularidade. Dilma se
referiu ao tema quase duas horas depois de uma entrevista do
vice-presidente Michel Temer, em Brasília, na qual ele descartou o
plebiscito agora. No final da tarde, Temer divulgou nota dizendo que o
melhor seria um plebiscito agora. Só complicou a situação.
“Não
sou daquelas que acreditam que o povo é incapaz de entender (o
plebiscito) porque as perguntas são complicadas. Eu não descansarei
enquanto não puder atender a tudo aquilo que sei que é impossível”,
disse a presidente, durante discurso na cerimônia de divulgação de um
plano para agricultura. Indagada ao descer do palanque se vai reverter a
má fase do governo, Dilma respondeu: “Vamos reverter”. Pela manhã, num
encontro com 20 sindicalistas e ativistas sociais, a presidente disse
estar atenta à voz das ruas, mas avaliou que o Congresso deve ser mais
cobrado e os manifestantes precisam apresentar a solução para os
problemas e demandas. (AE)
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