segunda-feira, 21 de setembro de 2009

DIÁLOGO: EDUCAÇÃO E ARTE - por Luiz Domingos de Luna*

Educar é provocar mudanças, porém se não existir alteração no universo de visão interior, de conhecimentos, de atitudes, de posturas, de leitura social, com certeza não haverá educação de qualidade ao repasse dos educandários públicos e particulares.

Alterar esta variante na objetiva do aprisionamento do conhecimento deve ser função da escola. Assim se pode afirmar que “a avaliação do aluno é a aferição do nível de conhecimentos oferecido pela própria casa de ensino; pois, uns estão vitoriosos, outros nem tanto e vários simplesmente estão mal”. - Os que estão mal recebem algum estimulo para mudar? Ou recebem apenas cobranças, cobranças e mais cobranças... Por que tantas cobranças? - Acredito que a escola cumpre bem o seu papel na função de educadora, pois ela só cobra o que ela mesma oferece, não dá para mudar a escola, dá para mudar o aluno, Tem que mudar a postura do aluno, do contrário, reprovação nele. - Isto está certo? - Claro, a escola ensina o aluno aprende, se não aprender tem repetência no final do ano e dá certo, isto é uma certidão. -Terminada esta certidão o aluno vai atuar onde? - Vai atuar na sociedade, - Na sociedade? - Com certeza, o aluno passa a ser um produto da sociedade.

Se o aluno atuar bem, tiver uma função de relevância social, uma boa posição no mercado de trabalho, sempre terá uma escola para assumir a paternidade, os louros, os brios, a vitória, as raízes educacionais, às vezes tem até uma disputa “Família e Escola” para avaliar quem foi o responsável pela honra, pelo mérito.

É só alegria, alegria pura. – E se der errado quem foi o culpado? - O Aluno, o aluno fez sua própria desgraça. - Mas a escola ofereceu a este aluno a possibilidade de mudança? - Com certeza, a escola fez o de sempre, deu oportunidade para absorver o conhecimento, aprender a fazer leitura educacional e social, orientação sobre: as mais variadas ciências, pinturas, músicas, artes cênicas, esportes. Enfim, fez tudo: dialogou inúmeras vezes, exaustivamente com este aluno, com a família, com a comunidade...

Dedicou-lhe todo o tempo possível para que a mudança acontecesse. – Mas... - Mas o quê? - Mas infelizmente não aconteceu. - Como não aconteceu? Aconteceu “com a mesma tenacidade, a mesma garra, a mesma determinação o que mudou foi apenas o sentido da seta”. - Que seta? - (a seta do dar certo, ou dar errado?) - Entendi, o problema não está em fazer a educação, mas em como fazer a Educação para atender as necessidades da sociedade. – Exatamente.

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(*)Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio monsenhor Vicente Bezerra / Aurora -

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