O PC do B e a nova administração da URCA

Não foi de todo ruim a chegada do PC do B de Crato a cargos estratégicos da Universidade Regional do Cariri (Chefia de Gabinete, Pró-Reitorias, dentre outros). Um dos pontos positivos do exercício desse poder foi mostrar sua face real, onde predomina a imaturidade para o exercício dos cargos e a incoerência, entre o que antes pregavam e como estão agindo agora. Enfim, a ficha caiu! Agora, professores, alunos e funcionários da Urca já sabem do que é capaz essa patota chefiada por Darlan Reis.
A origem do PC do B - Peço a paciência do caro leitor para lembrar, en passant, que o PC do B surgiu como uma dissidência do PCB. A minoria dissidente alegava que o Partidão conciliava-se, cada dia mais, com a chamada burguesia nacional. Nasceu então o PC do B, o qual abraçou a causa do comunismo mais xiita do tipo albanês e maoísta, defendendo a ditadura do proletariado e as teses mais absurdas do comunismo. Se é que podmeos achamar o stalinismo de alguma corrente do comunismo. Na época da ditadura militar, o PC do B promoveu a guerrilha no Araguaia tentando a tomada do poder através da violência, ocasionando mortes e derramamento de sangue de muitos brasileiros.

Entretanto, para mostrar como o PC do B estava errado – e, por outro lado, o acerto da índole pacífica do povo brasileiro – a democracia retornou por meios pacíficos: através dos comícios das Diretas Já, culminando com a Constituição de 1988. Com a redemocratização, o PC do B produziu um estatuto onde abria mão da ditadura do proletariado. Haverá sinceridade nisso? Na intimidade, essa turma usa a retórica dos tempos de Enver Hoxa. Subsiste, intra muro, os resquícios do “Stalinismo”.


A realidade atual
O PC do B que se apossou de cargos administrativos na Urca prega – da boca pra fora – democracia, honestidade e liberdade de expressão. Tudo para enganar os incautos! Na prática, sua salada transgênica mostra outra face cruel. Tentaram coibir o legítimo direito de greve; perseguiram e demitiram humildes servidores terceirizados que não votaram na chapa vencedora; indispuseram o reitor com as famílias tradicionais de Crato (que eles chamam erroneamente de “oligarquias”). O clima de convivência na Urca nunca foi tão pesado! E a tão sonhada “reconciliação” – prometida pelos atuais administradores – está a anos-luz de virar realidade...