quarta-feira, 24 de março de 2010
Guimarães registra aniversário de 166 anos do Padre Cícero
O deputado José Guimarães (PT-CE) destacou nesta terça-feira (23), no Plenário da Câmara, as festividades de comemoração dos 166 anos do Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, no Ceará. De acordo com o parlamentar, a história de Padre Cícero se confunde com a luta de resistência do povo nordestino. As festividades tiveram início na última quinta-feira (18) e serão finalizadas nesta quarta-feira (24).
“Todos que somos nordestinos, temos a obrigação de estudar este fenômeno conhecido como Padre Cícero. Sua história se insere diretamente nas lutas de resistência dos nordestinos. Rendemos nossas homenagens a esse que, para além de um religioso, é também símbolo cultural e de resistência nas terras do Cariri”, disse Guimarães. O petista aproveitou para sugerir a leitura do livro “Padre Cícero – Poder, Fé e Guerra no Sertão, de Lira Neto. O livro retrata todas as lutas do padre na defesa dos menos favorecidos.
Guimarães elogiou o empenho do prefeito de Juazeiro, Dr. Santana, na realização do evento e disse que a cultura da região fica cada vez mais fortalecida com eventos como este.
História - Segundo o professor Daniel Walker, pesquisador e escritor da história do religioso e de Juazeiro, a festa é uma forma de agradecimento ao Padre Cícero, e se caracteriza pela alegria. Daniel Walker afirma que, em vida, o Padre Cícero já comemorava em sua residência o aniversário, com grande participação popular. Após a sua morte, as pessoas continuaram comemorando. "As romarias têm um número maior de pessoas, por ser outra forma de expressão, que se caracteriza pela saudade", reafirma ele. No dia da missa de aniversário, 24, às 6 horas, há a presença de romeiros, mas são mais funcionários públicos, aposentados, já que a grande maioria dos devotos provém das áreas rurais nordestinas.
Ele recorda a infância do "Padim", com a prática de soltar balões na noite de aniversário, abolida por conta dos riscos de incêndio. O show pirotécnico continua. O bolo gigante, coordenado por Mãe Cicinha, e feito de forma coletiva, é cortado no dia 23. Uma festa que há 22 anos acontece, no Bairro Socorro, nas proximidades da Capela, acompanhada de uma seresta comemorativa.
"Sempre considerei esse momento uma festa de gratidão do povo de Juazeiro do Norte", finalizou o pesquizador e escritor Daniel Walker
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