A situação do PSDB cearense, que passa pelo dilema de ser governo ou oposição à gestão Cid Gomes (PSB) ficou ainda mais complicada nos últimos dias. Além das derrotas acumuladas nas eleições de outubro, da redução da bancada na Assembleia Legislativa e da debandada de prefeitos “infiéis”, o partido enfrenta agora, internamente, uma divisão política que fragiliza ainda mais o partido.
Quatro dos oito deputados estaduais eleitos não querem fazer oposição ao governo estadual, mas a executiva do partido já avisou que ser oposição vai continuar sendo o caminho do PSDB. Diante desse cenário, um dos deputados eleitos – Osmar Baquit – já estaria cogitando deixar os quadros do PSDB.
O tema, delicado, foi tratado pelos deputados eleitos com a direção estadual do partido na segunda-feira da semana passada, quando se reuniram.
Segundo o deputado estadual Fernando Hugo (PSDB), foi nesse encontro que os deputados Téo Menezes, José Teodoro (PSDB), Gony Arruda (PSDB) e Osmar Baquit (PSDB) avisaram que a postura de oposição ao governo Cid Gomes (PSB) lhes causaria desconforto.
Essa foi a ocasião, também, em que Baquit teria falado até em deixar o PSDB – segundo contou o deputado João Jaime (PSDB), atual líder da bancada do PSDB.”O povo, nas urnas, colocou o PSDB no papel de opositor, de fiscalizador”, defendeu o líder tucano.
O presidente da sigla, Raimundo Gomes de Matos (PSDB) afirmou que não quer obrigar ninguém a nada, mas avisou que os mandatos pertencem aos partidos. “O PSDB vai ter uma linha que os deputados deverão seguir, que é a linha de oposição”, disse o dirigente.
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