Notícias do Cariri

DO CARIRI PARA O MUNDO

A cajuína São Geraldo – conhecido refrigerante de caju fabricado em Juazeiro do Norte há mais de 70 anos – é vendida em quase todo o Nordeste. Nos próximos meses a direção da indústria dará início a um projeto arrojado: vender a cajuína no Centro-Sul do Brasil. A base da expansão será em Brasília, de onde o refrigerante caririense passará a alcançar países do Mercosul. Hoje, a partir do seu parque industrial localizado no triângulo Crajubar, 800 mil volumes/mês da cajuína São Geraldo são produzidos, gerando 2.350 empregos – diretos e indiretos – na Região Metropolitana do Cariri.

REVISTA
O radialista Wilton Bezerra esteve no Cariri na última semana. Estive com ele, e conversamos longamente sobre os trabalhos da imprensa no Ceará. Ele me mostrou uma bela novidade: o lançamento da revista Nordeste 21, editada pelos seus filhos, Wilton Bezerra Júnior e Marcel Bezerra. Recebi um exemplar, li com bastante curiosidade, pois a revista fala de nosso querido Cariri.

JUAZEIRO PRIMITIVO
Depois de pesquisas e levantamentos, historiadores conseguiram demarcar o exato lugar do nascimento de Juazeiro do Norte. Ele fica entre a cúpula da Praça dos Romeiros e a área onde estão sendo construídos os boxes comerciais. Segundo o secretário municipal de Turismo, José Carlos dos Santos, a Prefeitura vai construir naquele local – onde existiu a fazenda Tabuleiro Grande – uma réplica do povoado primitivo. Incluindo a capelinha, a casa do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, além dos casebres ao seu derredor. Serão plantadas até as três árvores de juazeiro que deram o nome à localidade. Tudo igualzinho às telas da artista plástica Assunção Gonçalves responsável pelo resgate em suas pinturas do Juazeiro primitivo.

PATRIMÔNIO E MEMÓRIA I
Segundo a Constituição Federal, no seu artigo 216: “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”. Inserida nesse conceito, a memória do Cariri se constitui num patrimônio do povo brasileiro, com suas edificações, paisagens, manifestações culturais (a exemplo da Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio, em Barbalha; Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, em Crato; Romarias ao Padre Cícero, em Juazeiro do Norte; Obra ciclópica do poeta Patativa do Assaré; a culinária regional, o artesanato, danças, folguedos, dentre outros).

PATRIMÔNIO E MEMÓRIA II
Por isso são vistos com muita expectativa os projetos da Secretaria das Cidades do Ceará visando à preservação da memória do Cariri. Dentre eles, avulta a restauração do Engenho Tupinambá – localizado nas cercanias de Barbalha –, onde será implantado o Museu da Rapadura do Cariri. Trata-se de uma construção única, um símbolo dos tempos da aristocracia rural do Cariri, formando um conjunto imponente, com amplos salões de almanjarra (onde se atrelavam os bois), moenda, fornalha e cozimento. Tudo próximo à Casa Grande. As edificações do Engenho Tupinambá, no momento, encontram-se deterioradas e abandonadas. Pior: foram ocupadas por três famílias de “sem-teto” que ali vivem de forma promíscua.

BATIZADO DO PADRE CÍCERO
Perguntar não ofende. Por que razão foi retirado – do interior da Catedral de Crato – um banner informando que ali o Padre Cícero foi batizado? Muitos são os romeiros que hoje visitam a velha Sé cratense e lá não encontram qualquer referência a esse batizado, com exceção de um pequeno quadro – colocado no interior da pequena capela batismal – contendo a fotocópia da folha 61 do Livro de Batizados de 1843 a 1845, onde consta: “Cícero, filho legítimo de Joaquim Romão Batista Meraíba, e de sua mulher Joaquina Ferreira Castão. Nasceu em 23 de março de 1844 e foi batizado pelo pároco solenemente com santos óleos nesta cidade do Crato em 8 de abril do mesmo ano. Foram seus padrinhos seu avô paterno Romão José Batista e Antônia Maria de Jesus, do que para constar mandei fazer este assento em que me assino. Manuel Joaquim Aires do Nascimento”.

> No final de sua vida o Padre Cícero declarou: “Depois de minha morte é que Juazeiro irá crescer”. Acertou na profecia. O segundo maior edifício do Ceará (com 26 andares) está sendo construído em Juazeiro. Só perde para edifício erguido em Fortaleza com 29 andares.

> A arquiteta e historiadora Yacê Carleial está sendo estimulada a publicar a sua monografia de mestrado: Os homens que faziam o Tupinambá moer – Experiência e trabalho em engenhos de rapadura no Cariri (1945-1980). Trata-se do mais completo trabalho sobre a industrialização da cana-de-açúcar no Cariri.

> Por conta do Centenário de Juazeiro do Norte, a Prefeitura vai realizar exposições fotográficas que terão por tema “Memória Fotográfica do Juazeiro Centenário”. A primeira, em setembro, resgatará a memória iconográfica da capelinha que deu origem a Juazeiro do Norte até sua transformação em Basílica Menor.

> Está em elaboração, na Secretaria das Cidades do Ceará, o projeto de construção do aterro sanitário do Cariri. Serão beneficiados Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Altaneira, Caririaçu, Farias Brito, Jardim, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.

ALMOÇO - Empresário José Aldegundes Muniz, o Zé Adega, ladeado por Lúcio Alcântara(Foto) (ex-governador do Estado) e Roberto Pessoa (prefeito de Maracanaú), durante almoço no Verde Vales Lazer Hotel, em Juazeiro do Norte. Zé Adega, ex-prefeito do Crato, ao lado do empresário Justo Júnior, formam a força do PR na terra de Bárbara de Alencar.

VELINHAS - Aniversariando no próximo dia 25 José Carlos Albano, gerente regional da Casa dos Relojoeiros no Cariri. José Carlos é conhecido por seu faro para os negócios e sua visão otimista de ver o Cariri sempre se desenvolvendo, crescendo e se tornando uma das mais promissoras regiões do Ceará