sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DEPUTADO RECLAMA DA NOSSA REPRESENTAÇÃO



O deputado Artur Bruno (PT) disse ontem, da tribuna da Assembleia Legislativa, que os principais protagonistas da maioria dos atos ilícitos no País não são os mais carentes e sim os que possuem melhores condições econômicas. O petista referia-se aos dados da pesquisa publicada na última segunda-feira pelo Diário do Nordeste.

Na pesquisa, o Instituto Datafolha mostrou que 17 milhões de eleitores brasileiros admitiram ter trocado seus votos por emprego, dinheiro ou presente. A consulta mostrou ainda que os mais ricos e os com maior índice de escolaridade estão no centro dos atos, pois 97% dos que ganham mais de dez mínimos assumem ter cometido infrações. "A pesquisa é reveladora, pois não é a questão de ser pobre que leva uma pessoa a se corromper. Os ricos são os que mais corrompem", disse.

O parlamentar comparou as questões apresentadas nas pesquisas à atual situação da política no País que, segundo ele, está desacreditada e que por isso geram consultas com os resultados que foram apresentados. Ele cobrou da população atitudes firmes diante de posturas do Congresso Nacional que contribuem com a corrupção, como a não realização da reforma política. "Acho que o povo brasileiro não merece a representação política que possui", enfatizou.

Artur Bruno lembrou que no Congresso Nacional há 213 deputados respondendo a processos na Justiça. "Aqueles que deveriam ser exemplo estão sendo processados. Um líder não pode ter essa ficha suja que alguns parlamentares, prefeitos e governadores possuem", ressaltou o parlamentar.

Extinto

Para o deputado Professor Teodoro (PSDB) a educação é essencial para que o sistema político de corrupção no País possa ser extinto. Assim como Artur Bruno, o tucano criticou o número elevado de partidos que existem hoje no país, 27 ao todo. "Os partidos têm que ensinar, formar o eleitorado e insistir nessa relação entre cultura e educação", defendeu o Teodoro.

Para o deputado Vasques Landim (PR), o número revelado na pesquisa, de 17 milhões de eleitores que trocam seus votos por favores ou dinheiro, deve ser ainda mais elevado.

DN

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