A existência de projetos que promovam a inserção social por parte dos poderes públicos na região do Cariri aos portadores de deficiência ainda é insuficiente. Um dos meios para suprir algumas carências são as parcerias com instituições voltadas para assistência a esse público ou atuações isoladas, como a doação de alguns equipamentos como órteses e próteses, cadeiras de rodas e laudo médico para a retirada da carteira de passe livre. Longe dessas iniciativas, os direitos conquistados pelos portadores de deficiência ainda passam também pelo desconhecimento da própria sociedade.
Em Juazeiro do Norte, a Praça Padre Cícero, no Centro da cidade, recentemente passou por reforma e é a única que obedece rigorosamente a lei da acessibilidade, com as rampas de acesso. Mas há outro passo a se vencer: a conscientização da população quanto ao cumprimento da lei federal que estabelece períodos de cumprimento da lei nos espaços públicos e privados. Há instituições como a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) em municípios como Crato e Juazeiro, o Intra, que atua num trabalho direcionado aos surdos.
"No Cariri, não se tem como ir e vir", diz Jônatas David de Lima, da Associação Defensora das Pessoas com Mobilidade Reduzida (Andare). Ele afirma que sua luta é permanente pela inclusão social dos portadores de deficiência motora. Duas vezes por semana realiza o trabalho de fiscalização nas diversas instituições. Para ele, nem o transporte público está pronto, as calçadas são feitas sem as medidas adequadas e muito menos os estabelecimentos comerciais. Não se tem ideia, por exemplo, de quantos deficientes motores existem em Juazeiro. Ele destaca que o IBGE indica apenas 10% da população com algum tipo de deficiência. Só em Juazeiro são mais de 240 mil habitantes.
Jornal do Cariri
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