terça-feira, 6 de outubro de 2009
QUANTO CUSTA UM TRANSPLANTE DE CORAÇÃO?
Do SUS, os veículos de comunicação, quase sempre, mostram filas. Esse é apenas um pedaço, ainda indigno, do nosso sistema de saúde, resultado da oferta menor do que as necessidades da população por serviços de saúde. Mas a maior política de inclusão social do Brasil, nascida com a redemocratização em 1988, tem grandes e importantes pilares e indicadores, que fazem a diferença na promoção e na assistência à saúde. Nem por isso têm espaço, frequente, na mídia. É só saber que o SUS financia 14 mil transplantes por ano no país. No Ceará, em 2008, foram realizados 739 transplantes de órgãos e tecidos, um recorde histórico. Um único transplante de coração custa para o SUS 45 mil reais.
Sob qualquer ponto de vista, os indicadores de saúde nos últimos 21 anos, demonstram avanços expressivos. O SUS está presente em todos os lugares do território nacional. Mais de 27 mil equipes de Saúde da Família acompanham 100 milhões de brasileiros. No Ceará, são 1700 equipes. A taxa de mortalidade infantil, que no nosso Estado em 1994 era de 80 por mil nascidos, caiu para 16.1 em 2008. Por ano, o SUS realiza 2 milhões de
partos nos mais diferentes cantos do país. São 132 milhões de atendimentos de alta complexidade por ano.
Aqui, no Ceará, o HGF, sozinho, faz todos os meses 1.300 cirurgias de média e alta complexidade. E faz com a qualidade dos melhores e mais modernos hospitais da rede particular. Isso é a equidade do SUS.
Quando descentralizada, a qualidade, acompanhada de maior oferta de serviços, dignifica a saúde pública, com universalidade e equidade. Por isso, o Governo do Estado está construindo policlínicas e Centros de Especialidades Odontológicas em todas as microrregiões. São 21 policlínicas e 16 CEOs. E mais: 2 grandes hospitais regionais. Já está sendo construído em Juazeiro do Norte o Hospital Regional do Cariri. O outro será em Sobral. Com as novas policlínicas, exames que hoje na rede pública são feitos somente na capital passam a ser garantidos na própria região. É o caso do ecocardiograma. E não estamos falando de obras sabe lá Deus quando ficarão prontas. Já tem 11 policlínicas em construção. Cinco CEOs estão em fase de conclusão.
Tudo planejado. Enquanto as obras do programa de expansão da saúde especializada no interior são executadas, na capital os sete hospitais da rede estadual são ampliados e reformados. O HGF é um novo hospital. Depois da construção da unidade Régis Jucá teve a capacidade de realização de cirurgias, exames e atendimentos ampliada em mais de 100%.
O SUS é assim. Bem maior do que as filas que aparecem nas telinhas. Elas servem para os apaixonados e comprometidos com a saúde pública nunca fraquejarem na luta pela saúde de qualidade para todos. Todos. Os que têm planos de saúde na hora dos exames, cirurgias e medicamentos mais caros e complexos recorrem ao generoso SUS.
Editoria do Jornal “Saúde em Dia”
Lançando em 02 de outubro de 2009
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