O depoimento do diretor de contra-inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Maurício Fortunato, à CPI das Escutas Clandestinas da Câmara, irritou os integrantes da comissão. Fortunato apresentou detalhes da participação de agentes da Abin na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, com uma versão distinta da revelada anteriormente pela agência - o que provocou a revolta de integrantes da CPI.
O presidente da comissão, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), disse que a CPI pode propor a extinção da Abin se ficar comprovado que o órgão divulgou informações contraditórias sobre a Satiagraha.
Em nota oficial divulgada pela Abin após denúncias de escutas telefônicas clandestinas contra autoridades dos três Poderes, a agência afirma que a participação dos agentes na Operação Satiagraha foi "no campo da informalidade, entre agentes e o delegado Protógenes Queiroz". O diretor disse à CPI que a participação dos agentes não foi informal, uma vez que todos responderam às chefias imediatas sobre a colaboração com a PF.
Fortunato também revelou que, ao todo, 52 agentes da Abin participaram da Operação Satiagraha. A agência chegou a revelar que somente oito agentes haviam colaborado informalmente com Protógenes devido à relação de amizade com o delegado.
Folhapress
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