Diretoras da Associação Comunitária dos Artesãos do Crato (ACA) estão denunciando descaso da prefeitura da cidade que estaria dificultando o início da construção de 37 casas em terreno doado pela administração Samuel Araripe a entidade.
De acordo com Judy Mary e Maria das Graças Jerônimo, que visitaram a sede do JC, em 19 de Dezembro de 2007 a Prefeitura Municipal do Crato doou a ACA um terreno para construção de casas para artesãos. Depois de escriturado o terreno a construtora alegou que o mesmo seria impróprio para a construção.
Em 19 de Junho de 2008 o mesmo foi permutado por outro terreno, desta vez localizado ao lado da Avenida Dr. Fábio Pinheiro Esmeraldo, no bairro Muriti. Mas, em cumprimento da lei de doação do dia 19 de dezembro de 2007, como consta no decreto, esse terreno voltará para a prefeitura mesmo tendo sido escriturado. Pelo prazo, faltam sete meses para esse prazo expirar e ainda não se iniciaram as obras.
As artesãs dizem que irão perder o terreno se as obras não tiveram início. Judy Mary alega que o prefeito Samuel Araripe prometeu fazer toda a infra-estrutura do local, colocando calçamento, abrindo ruas, poço profundo e colocando a energia elétrica. “Até agora nada disso foi feito, e pior, o prefeito disse que não podia mais fazer isso, e quem iria se responsabilizar seriam os artesãos”, disse Judy Mary, alegando que a categoria não tem condições de pagar por esses gastos. “Durante a campanha dele ele prometeu, agora mudou de idéia”,disse a líder da associação.
As artesãs criticam ainda a construtora Apin, que estaria protelando o início das obras. “Eu quero saber porque é que as artesãs não podem fazer nada no terreno, pois até uma casa que elas tinha feito para proteger um poço profundo foi destruída pela construtora”disse Judy Mary.
As artesãs informaram ainda que nesta semana irão procurar o Ministério Público para denunciar o caso. Elas querem que a prefeitura faça a infra-estrutura do local, que se chamará Conjunto Habitacional Ossian Araripe, em homenagem ao pai do prefeito Samuel Araripe, e em seguida o projeto seja realizado pela construtora. “Se as casas não forem construídas iremos prejudicar 37 famílias”, avaliou Judy Mary.
A reportagem do JC ligou para o chefe de gabinete da prefeitura municipal para pedir esclarecimentos, mas os telefones não foram atendidos.
Jornal do Cariri
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