segunda-feira, 1 de junho de 2009

CPI da Petrobrás

Após uma semana tensa e de muita discussão, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado será instalada oficialmente nesta terça-feira (3), às 10h. Com a definição dos 11 membros titulares, ainda resta a dúvida a respeito de quem ficará com os cargos de comando (presidência e relatoria) da CPI.

A oposição ainda acredita na possibilidade de os partidos da base do governo, com ampla maioria no colegiado (oito contra três da oposição), cederem e compartilharem a direção dos trabalhos. O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM), afirmou que a oposição deve lançar candidato à presidência da CPI, provavelmente o senador Antonio Carlos Magalhães Junior (DEM-BA). “Será bom para marcar posição”, disse.

Por outro lado, os líderes dos partidos que compõem a base de sustentação do governo, sinalizaram durante a última semana que pretendem ficar com os dois cargos-chave da CPI. Segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), a tendência é de que a presidência fique com um representante do bloco de apoio do governo - a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), João Pedro (PT-AM) ou Inácio Arruda (PCdoB-CE) - , e a relatoria com um senador do PMDB. Nesse caso, o próprio Jucá poderia assumir a função ou ainda os senadores Paulo Duque (RJ) ou Leomar Quintanilha (TO).

Mas um cochilo do governo, que tirou o senador Inácio Arruda da CPI das Organizações Não-Governamentais (CPI das ONGs), na qual ele era relator, permitiu a oposição ganhar força e ter o comando total dos trabalhos e forçar um acordo na outra comisão. Após a saída do comunista, o presidente da CPI das ONGs, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), nomeou Arthur Virgílio Neto para o posto. Mesmo perdendo um cargo importante, a base do governo ainda mantém maioria na comissão.

jornal O Povo

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