O velho jeitinho brasileiro é usado também para a malversação do dinheiro da educação em municípios do Interior e uma prática “antiga” é adotada por novos gestores, mas alguns, com a pressão da sociedade e do Ministério Público estão se “ajeitando” na lei. Em Jaguaretama, a 313 quilômetros de Fortaleza, professores recebem dobrado no contracheque e têm que repassar a servidores “ilegais”, que trabalham, mas não podem ter o nome na lista. Professora recebe R$ 300,00 de auxílio deslocamento morando ao lado da escola onde trabalha e motos são contratadas pela Prefeitura para fazer o transporte escolar. Esse dinheiro é retirado ilegalmente dos 60% do Fundeb. Prefeitura e Secretaria da Educação falam em politização das denúncias, mas admitem as irregularidades, que consideram existirem todas desde as gestões passadas, mas que uma “boa parte” já foi resolvida e outras denúncias seriam infundadas. A professora Maria de Fancime de Sousa recebeu seu contracheque no dia 9 de abril e ficou espantada com o que viu: R$ 1.010,00, sendo que deveria receber aproximadamente metade disso. Trabalhou 100 horas por mês e recebeu como se trabalhasse 200 horas. Percebeu que estava errado, e como “só quero o que é meu”, foi orientada a repassar o valor extra a outra funcionária da creche Maria Conceição Silva Lima, onde trabalha. Ainda lhe disseram que o repasse extra não foi engano, ela só tinha que entregar a uma colega de trabalho “e pronto”. A professora Fancime teme perder o Pasep porque sua remuneração tinha vindo “alta demais”.
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