A Semana do Meio Ambiente no Cariri foi marcada por uma notícia surpreendente. A equipe da Companhia de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (Cogerh), que promoveu a retirada dos canos da fonte da Batateira, descobriu que o local de vazão da nascente foi alterado com as escavações para instalação da adutora que abastecia a hidrelétrica da nascente, que iluminou o Crato na década de 50. Na tentativa de conseguir a elevação necessária para acionar as turbinas, os engenheiros transferiram a boca da nascente para o outro lado do morro. Em conseqüência, a vazão da nascente diminuiu. O local, que fica ao lado direito da atual, foi totalmente coberto pelo mato.
A revelação foi feita pelo geólogo Yarley Brito, gerente regional da Cogerh, que acompanhou a retirada dos canos para desobstrução da fonte, e confirmada pelo ex-funcionário da hidrelétrica, Jesus José de Sá, que acompanhou os trabalhos realizados em 1955. Jesus conta que a força da água não foi suficiente para produzir a energia necessária para atender a cidade. A solução foi construir uma grande caixa d’água e captar a vazão da fonte em outro local. As marcas da degradação ambiental ainda estão lá, com uma montanha de terra ao lado da fonte.
Com a retirada dos canos e a revitalização da área, houve um aumento de cerca de 30% no volume de água. A partir de agora, a água está sendo distribuída, sob controle, com barriletes, conjunto de canos que permite a saída racional da água. De acordo com funcionários do Balneário da Nascente, por onde passa a água da fonte da Batateira, depois que aconteceu a desobstrução da fonte, o volume aumentou.
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