quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Campanha da Fraternidade 2010 será lançada no próximo dia 18

Com o tema "Economia e Vida" e lema "Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro", será lançada no próximo dia 18 de fevereiro a Campanha da Fraternidade 2010. O evento de lançamento acontece no Centro de Pastoral Maria, Mãe da Igreja, às 15h, com a presença do Arcebispo de Fortaleza, Dom José Antônio, além de representantes de outras igrejas, marcando assim o caráter ecumênico da Campanha.

Com este tema, a CF2010 coloca no centro de discussões da Igreja, de suas pastorais e demais setores da sociedade a oportunidade de se repensar o modelo econômico vigente e suas consequências, além de apontar para um horizonte mais humano, dinâmico e solidário entre os povos para uma outra prática da economia.

Dentro desse contexto é que se destacam modelos que seguem o conceito e prática da Economia Solidária, mostrando que é possível construir uma base econômica que não seja tenha somente o lucro como único e mais valioso fim.

Para Glória Carvalho, coordenadora da Cáritas Regional Ceará, o tema da Campanha deste ano é extremamente atual, pois traz à tona questionamentos sobre o mundo que queremos. "Hoje nós estamos vendo, o mundo está gritando. Tudo o que vem acontecendo com a natureza, com as pessoas, a destruição da vida, é porque estamos vivendo um projeto econômico que não leva esses aspectos em consideração", afirmou.

Ela acrescenta que a Campanha sugere um momento de reflexão. "Precisamos refletir, a partir do individual, a partir do coletivo, da sociedade, como podemos trabalhar uma economia que não coloque a vida num segundo plano", disse.

Integrante da coordenação da Rede Cearense de Socioeconomia Solidária, Ana Lourdes de Freitas conta que desde o ano passado se desejava muito que a temática da Economia Solidária fosse abordada em uma Campanha da Fraternidade. Apesar de existirem milhares de grupos e empreendimentos solidários no país, os conceitos e práticas dessa economia que já acontece ainda são desconhecidos do público consumidor, que precisa estar cada vez mais atento para o consumo consciente.

"Abordar o tema em uma CF vai dar mais visibilidade para a Economia Solidária e irá fomentar mais grupos. É um tema que as pessoas desconhecem. E a ES tem uma abordagem diferente que se opõe ao capitalismo", explicou.

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