O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE) deve julgar até sexta-feira o pedido de quebra do sigilo telefônico do deputado estadual, licenciado, José Ilo Dantas (PSDB), apontado como um dos mandantes no caso das agressões sofridas por jovens que estariam panfletando no Centro de Iguatu, a 380 km de Fortaleza, no último dia 12 de fevereiro.
Segundo a assessoria do TJ-CE, o processo deu entrada no último dia 30 de março e será analisado pelo desembargador Luis Gerardo de Pontes Brígido. O procurador Benon Linhares Neto solicitou a quebra do sigilo telefônico de todos os indiciados, inclusive do parlamentar.
Nos últimos dias, o caso ganhou proporções nacionais. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) enviou um ofício ao gabinete do governador Cid Gomes (PSB) solicitando que sejam tomadas as ``medidas cabíveis``, mediante a gravidade dos fatos. Suplicy também encaminhou ofícios para o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, e para o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE), desembargador Ernani Barreira Porto.
Por telefone, o senador afirmou ao O POVO que tomou conhecimento do caso através de um dossiê, enviado ao seu gabinete, composto pelo ``relatório do inquérito policial, depoimento das vítimas, inúmeras fotos e uma nota de repúdio``.
``Avalio que Cid tomará as iniciativas necessárias. Isso pode acontecer em qualquer estado do Brasil``, afirmou Suplicy, na tarde da última segunda-feira.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Domingos Filho (PMDB), disse que conversou com o deputado por telefone. Segundo ele, José Ilo teria afirmado que autorizou a quebra do sigilo telefônico.
``Se o objeto do julgamento autorizou que se quebra do o sigilo, isso demonstra que ele quer facilitar a investigação. Indícios são indícios``, afirmou.
O POVO tentou ouvir o advogado do deputado José Ilo, Vicente Aquino, mas seu celular estava desligado. (Thiago Paiva)
fonte: Jornal O Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário