O desempenho dos alunos
do 9.º ano do ensino fundamental das escolas públicas do País piorou em
matemática, mas melhorou em português. É o que indicam os resultados da Prova
Brasil, na comparação de 2013 com 2011. Já no primeiro ciclo do fundamental
(5.º ano), a avaliação melhorou nas duas disciplinas.
A Prova Brasil é a avaliação oficial do governo para todas as
escolas públicas e os resultados servem para a formulação do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A avaliação ocorre a cada dois anos
e as médias começaram a chegar na sexta-feira (28) às escolas.
Os números do Ideb foram divulgados em setembro sem as médias de
proficiência pelas disciplinas, o que havia sido criticado por especialistas. O
País não havia conseguido bater a meta para o ano no Ideb, mas a média no
indicador cresceu - o que não revela a queda no aprendizado, por exemplo, em
matemática no 9.º ano. A média de matemática nesta série passou de 243,17, em
2011, para 242,35 em 2013. O valor considerado adequado é 300. Abaixo disso, os
alunos não conseguem, por exemplo, analisar uma tabela.
Análise
Pelos dados, apenas 25% dos alunos teriam os conhecimentos
adequados na matéria. Em português, também no 9.º ano, a nota média cresceu de
236,86 para 237,78 - o ideal é 275. Localizar informações explícitas em
crônicas e fábulas é competência que, na média, os alunos não teriam. Apesar da
leve alta, o porcentual com conhecimento adequado é de 23%.
Na avaliação do 5.º ano, o desempenho em leitura é o que teve
melhor variação entre 2011 e 2013. Passou de 185,7 para 189,7. O nível
considerado adequado é de 200. O aluno com nota menor não teria condição de
identificar assuntos comuns a duas reportagens. Já em matemática, a média do
País passou de 204,6 para 205,1, enquanto o ideal é a partir de 225. Na escala
de proficiência, os alunos não seriam competentes para resolver problemas com
adição e subtração de moedas e cédulas.
Segundo o desempenho da última Prova Brasil, 40% dos alunos brasileiros
estão com conhecimento adequado no 5.º ano em português e 35%, em matemática.
Conforme Chico Soares, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep), os dados mostram a realidade . "Matemática não
melhorou. É o ponto que precisa ser enfrentado." O Inep não tem data
definida para divulgar as médias a todas as escolas do País.
Nenhum comentário:
Postar um comentário