quinta-feira, 4 de setembro de 2008

CLIMA ESQUENTA NA AL CEARENSE

Crime eleitoral, reforma política, candidatos com nome em ficha suja e eleições limpas. Todos esse temas foram debatidos em pronunciamentos ontem na Assembléia Legislativa, quando vários parlamentares levaram para a tribuna assuntos que cercam o pleito eleitoral deste ano.

O deputado Artur Bruno (PT), destacou uma “contradição” vivida nas eleições desse ano, a partir de duas matérias do Diário do Nordeste, veiculadas ontem, onde uma diz que “88% rejeita político ficha suja”, e a outra que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) liberou a candidatura de José Wilson Chaves (PP).

Segundo ele, enquanto quase 90% da população rejeita políticos que têm seus nomes veiculados em ficha suja e respondendo processos judiciais nada é feito para reverter o quadro. Pelo contrário, o TRE acaba de aprovar a candidatura de um cidadão que segundo Bruno, quando prefeito do município de Pacajús, desviou recursos da merenda escolar.

O petista diz que na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada em 1999, na Assembléia, na qual foi relator, investigou desvios no repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), atual Fundeb, onde 10 municípios foram listados como os casos mais graves e Pacajús era um deles. Segundo ele, José Wilson, na época prefeito da cidade, utilizava os recursos do Fundef para fazer festas e alugar caminhões as preços superfaturados.

Para Bruno, a liberação da candidatura de José Wilson é a prova de que a vontade da população não está sendo respeitada. Ele questionou qual resposta deve ser dada ao eleitor sobre o fato de candidatos com ficha suja poderem ser candidatos, afirmando que José Wilson é o “símbolo da sem-vergonhice no poder municipal”.

Desmoralização

Com um santinho de uma candidata a vereadora da Câmara Municipal da Capital, Fernando Hugo (PSDB) disse que, em alguns casos, seria necessário a censura eleitoral. Kátia Heffner, postulante do PTB, exibe sua voto com roupas de baixo em posição sensual. Segundo o parlamentar, tal postura é uma “vergonha” à classe política. ´Isso aqui meus amigos, é um ultraje a nós políticos. A censura eleitoral deveria existir aqui”, reforçou o tucano. Hugo destacou ainda que candidaturas desta natureza acabam com a “moralização” que os políticos tanto lutam para conseguir perante a população e a opinião pública como um todo.

Diário do Nordeste

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