terça-feira, 26 de maio de 2009

Casas de Farinha no Cariri



A Chapada Nacional do Araripe é o local de onde muitas pessoas tiram o sustento de suas famílias. As condições propícias do clima e do solo favorecem a produção hortifrutícola. Além do pequi, o cultivo da mandioca é uma das principais fontes de rendas de famílias que moram no entorno da Chapada, não só no Ceará, mas também nos estados do Piauí e Pernambuco.

De acordo com o produtor rural e dono de uma casa de farinha, Elias Antônio Albuquerque, aproximadamente 400 mil pessoas dos três estados estão ligadas ao cultivo da mandioca que acontece a partir de maio e segue até o mês de dezembro. O ciclo produtivo inclui desde a plantação até o beneficiamento do produto.

Os municípios caririenses de Salitre, Araripe e Campos Sales, estão envolvidos diretamente na produção da farinha de mandioca, desde a colheita até a comercialização na região. Elias Albuquerque, que reside na Serra dos Nogueiras, no município de Salitre, diz que cada casa de farinha está produzindo semanalmente, cerca de 300 sacas do produto e 1.200 sacas por mês. Em Salitre, a área destinada ao plantio da mandioca é de 100 hectares. Segundo informações do produtor rural, somente em Salitre, existem mais de 100 casas de farinha, e cada uma neste período de safra, oferta uma demanda de 25 a 150 empregos diretos e indiretos.

Outro fator que também contribui para a melhoria da geração do emprego e renda é a comercialização da casca da mandioca que pode ser utilizada para engordar o rebanho bovino. Salitre e Araripe são considerados os maiores produtores do Ceará.
Elias Albuquerque diz ainda que o quilo da goma grossa é comercializada no mercado regional por aproximadamente R$ 2,20 reais, enquanto a goma fina é vendida por até R$ 2,00, o quilo. Em Salitre, a produção é responsável pela manutenção de 400 famílias da zona rural.

Jornal do Cariri

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