A nova unidade do HGF que o Governador inaugura no dia 29 vai se chamar Régis Jucá. Médico sanitarista e radiologista, Eduardo Régis Jucá nasceu em Fortaleza em 1936. Em 1962, graduou-se em medicina pela Universidade Federal do Ceará. Atuou no movimento estudantil. Foi presidente do Diretório Central dos Estudantes.
Em 1965 fez prova para revalidar o diploma de médico nos Estados Unidos. Aprovado, ficou na América e fez parte da equipe do Dr. Cooley, que realizou o primeiro transplante cardíaco nos Estados Unidos que sobreviveu a operação. De volta a Fortaleza, reassumiu as funções de professor assistente da Faculdade de Medicina da UFC e como cirurgião da Casa de Saúde César Cals, onde compôs com outros médicos o primeiro serviço de cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea do Ceará.
Em 1970 foi criado o serviço de cirurgia cardíaca do Hospital de Messejana. Um ano depois, em 1971, realizou a primeira cirurgia de coactação da aorta, com ressecção e anastomose direita, a correção do primeiro aneurisma roto da aorta torácica descendente, com ressecção e enxerto e ainda a primeira prótese mitral M3.
Em abril de 1972 Régis Jucá implantou o primeiro anel de carpentier e prótese mitral M2. Ainda em 1972 Régis Jucá realizou no Hospital de Messejana, pela primeira vez no Norte e Nordeste do Brasil, a cirurgia de revascularização do miocárdio com ponte de safena. E seguiu ao longo dos anos no pioneirismo, que trazia vida mais longa aos pacientes. Em 1986 fez a primeira cirurgia de jatena associada à manobra de lecompte, para transposição de grandes artérias, no Brasil.
Prêmios na vida de Régis Jucá foram dezenas. Destaque para a menção honrosa Internacional Guest Scholar, do American College of Surgeons em 1971. No Ceará, foi o mais jovem laureado com a Medalha da Abolição, concedida em 1982 pelo governador Virgílio Távora. Foi membro da Academia Cearense de Medicina e do Conselho Estadual de Ciências e Tecnologia.Até a morte, em 2004, quando exercia o cargo de chefe do serviço de cirurgia torácica e cardiovascular da Casa de Saúde São Raimundo, realizou desde 1974 mais de quatro mil grandes intervenções cirúrgicas. Outro importante marca deixada por Dr. Régis Jucá foi a criação do ensino pós-graduado em forma de residência no Hospital de Messejana. Na vida profissional, sempre deu imensurável ênfase à dedicação ao ensino para as gerações mais jovens. Régis Jucá teve três filhas (Laura, Raquel e Juliana). Era filho de Maia Laura Jucá e de Lineu Jucá.
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