segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
MARTIN LUTHER KING
O pastor protestante batista e ativista negro norte-americano, Martin Luther King (1929-1968) é o destaque de janeiro da Série Pacifistas. Se fosse vivo, completaria 82 anos no próximo dia 15. Admirador do líder indiano Mahatma Gandhi e seguidor do princípio de desobediência civil não-violenta, King se tornou em 14 de outubro de 1964, aos 39 anos, a pessoa mais jovem a receber o Nobel da Paz.
Nos Estados Unidos, Martin Luther King liderou campanhas pelos direitos civis e contra a segregação racial. É célebre seu discurso proferido em 1963, para mais de 200 mil pessoas em Washington, contra a segregação racial. No trecho mais conhecido diz: "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele."
Filho e neto de pastores, Martin nasceu na cidade de Atlanta e estudou, na infância, em escolas segregadas. Concluiu Teologia no respeitado Seminário Teológico Crozer e, mesmo com a desvantagem da educação inicial bem inferior, obteve, em 1955, o título de doutorado em Filosofia pela Universidade de Boston, onde conheceu a futura esposa Coretta Scott. O casal teve quatro filhos.
Pastor em Montgomery, capital do estado do Alabama, King envolveu-se num episódio que iria resultar na mudança da legislação em relação aos negros naquele país. Uma mulher negra, Rosa Parks (1913-2005), negou-se a dar seu lugar em um ônibus para uma branca e acabou presa. King e outros líderes negros organizaram, em protesto, um boicote aos ônibus de Montgomery. Ao longo da campanha iniciada em 1955 e encerrada mais de um ano depois, King foi ameaçado, preso e teve sua casa danificada por bombas. O esforço dos militantes pacifistas resultou na decisão da Suprema Corte norte-americana em tornar ilegal a discriminação racial nos transportes públicos.
Em 1957, Martin Luther King participou da fundação da Conferência de Liderança Cristã do Sul e foi seu dirigente até ser assassinado em 1968. A CLCS foi criada com o objetivo de organizar o ativismo em torno da questão dos direitos civis. Movido pelo senso de justiça, espírito de cidadania e amor ao próximo, ele organizou e liderou marchas pelo direito ao voto, fim da segregação, fim das discriminações no trabalho, especialmente em relação aos negros e às mulheres. Toda a movimentação deu como frutos a Lei de Direitos Civis (1964) e a Lei de Direitos Eleitorais (1965). Serviu para mexer com a sociedade norte-americana, iniciando a conscientização de brancos e negros naquele país acerca da questão da igualdade racial.
Como seguidor das idéias de não-violência pregadas por Gandhi na Índia e, antes, na África do Sul, King soube “apresentar esses princípios dentro do contexto cristão de sua própria herança batista”, conforme observou a psicóloga Susan C. Cloninger, em resenha biográfica.
Com a Guerra do Vietnã, Martin Luther King passou a fazer críticas ao papel do Governo norte-americano no conflito, reforçando as vozes que se espalhavam por várias partes do mundo. Odiado por racistas do Sul dos EUA, Martin Luther King foi assassinado no dia 4 de abril de 1968, em Memphis, mas seu exemplo continua inspirando gerações e gerações.
Com informações de http://educacao.uol.com.br, wikipedia e "Teorias da personalidade"/Susan C. Cloninger
Fonte: Agência da Boa Notícia - (fone: 85 3224 5509) - Jornalista Responsável: Carmina Dias 00629JP / Estagiário de Jornalismo: Leandro Porto
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Um comentário:
Tarso,
Boa homenagem para iniciar o Novo Ano, Luther King, exemplo de coragem e amor à Humanidade.
Saúde e Paz, a ti e aos teus.
Abraço.
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