A advogada Eloisa Samy, acusada de envolvimento em atos violentos durante protestos no Rio, procurou o consulado do Uruguai, na Praia de Botafogo, Zona Sul do Rio, na manhã desta segunda-feira (21), para pedir asilo político no país. Por volta de 12h, a ativista confirmou aoG1 o pedido de asilo político a fim de se defender, em liberdade, no processo a que ela e outros 22 réus respondem no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Eloisa e outros 17 ativistas são considerados foragidos depois de terem a prisão preventiva decretada na sexta-feira (18).
Procurado pelo G1, o consulado do Uruguai não quis dar informações por telefone e impediu a entrada da imprensa no local às 12h25.
De acordo com denúncia do Ministério Público (MP-RJ), Eloisa Samy teria cedido a casa para reuniões de planejamento de atos violentos. O texto cita ainda ligação da advogada com o Movimento Frente Independente Popular (FIP). Ela nega as acusações e diz que, inclusive, tem divergências com o grupo em relação à atuação em protestos.
"Nunca fiz reuniões na minha casa e a FIP me odeia. Como posso estar ligada à FIP? Estou à espera de informações de Brasília [sobre o pedido de asilo político], mas as informações sobre mim na denúncia não existem", disse Eloisa em entrevista ao G1.
Em um vídeo postado na internet, ela pede anistia a todos que chama de "presos políticos". "Hoje, sou uma perseguida política, sendo criminalizada pela minha atuação na defesa dos direitos de manifestação. Fui denunciada pelo crime de formação de quadrilha armada com outras 22 pessoas, algumas das quais se quer eu conhecia”, diz. “Jamais cometi qualquer ato que infringisse a lei (...) Meu único crime é a firme posição que adotei para defender a Constituição", disse na gravação.
fonte: G1
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