Recebi ontem pela manhã a ligação de uma assistente social no Cariri. Ela é da articulação regional do Conselho Regional dos Assistentes Sociais. Por telefone disse que repudiava um edital lançado pela URCA agora em novembro para contratação de profissionais para trabalharem no projeto Balcão de Direitos Humanos. No edital, e eu conferi, estabelece a contratação de três profissionais: um advogado, um assistente social e um psicólogo. Até aí tudo bem. Só que os salários são distintos. Enquanto o salário do advogado é de R$ 1.008,00 os salários para assistentes social e psicólogo apenas R$ 503,00. De acordo com Rita Stellamaris, a assistente social que me ligou e disse que poderia divulgar seu nome, essa atitude mostra um desrespeito com profissionais da assistência social que tem um papel fundamental hoje nas políticas de assistência social. Liguei para a Pró-reitoria de extensão. Falei com o Hermano (que não que me dizer o sobrenome dele) e depois com o professor Marcelino, responsável pelo projeto. Ele disse que os salários colocados no edital é fruto da orientação da Secretaria Nacional de Direitos Humanos - SNDH, ligada à presidência da república. Ainda de acordo com o professor Marcelino o projeto é mantido pela URCA/FUNDETEC/SNDH. Fica apenas a pergunta: a discriminação é da URCA ou da Secretaria Nacional de Direitos Humanos? Com base em quê um advogado, trabalhando em um mesmo projeto, com a mesma carga horária, deve ganhar mais que um psicólogo ou um assistente social?
O Conselho Regional dos Assistentes Sociais será acionado pelos profissionais da região para pedir explicações à URCA.
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