Uma solenidade bonita e marcada por uma homenagem a Dom Vicente Matos. Foi assim a sessão solene do Instituto Cultural do Cariri (ICC) – realizada na noite da última sexta-feira, dia 16 – que marcou o ingresso de Monsenhor João Cartaxo Esmeraldo na mais importante instituição cultural do Sul do Ceará.
Realizada na igreja-matriz de São José Operário, do distrito de Ponta da Serra, a sessão do Instituto Cultural do Cariri contou com a presença do povo da comunidade e de muitas pessoas de Crato, numa prova da estima e respeito que goza Monsenhor Bosco entre seus paroquianos e amigos de outras localidades.
Monsenhor João Bosco Cartaxo Esmeraldo foi saudado pelo Padre Antônio Teodósio Nunes que traçou o perfil de simplicidade e as qualidades morais do novo sócio do ICC.
No seu discurso de posse, Monsenhor Bosco fez uma análise da inteligência prática e do espírito empreendedor de Dom Vicente de Paulo Araújo Matos – patrono da Cadeira nº. 32 da Seção de Letras do ICC – onde transparece, acima de tudo, os dotes de um pastor zeloso, prudente, firme e compreensivo.
Ele ainda enumerou as realizações de Dom Vicente à frente da diocese de Crato citando que o bispo foi um dos maiores benfeitores do Cariri, ao longo de toda a história do Cariri. Segundo Monsenhor Bosco, Dom Vicente chegou a Crato, como bispo - auxiliar, em 1955 e aqui permaneceu até 1992, ou seja, durante 37 anos.
Ao longo do seu profícuo governo episcopal, Dom Vicente criou 18 paróquias – inclusive a paróquia de São José Operário de Ponta da Serra – ordenou 37 sacerdotes, fundou o Instituto de Ensino Superior do Cariri, entidade mantenedora da antiga Faculdade de Filosofia de Crato, que deu bases para a criação da Universidade Regional do Cariri.
Deve-se, ainda, ao 3º bispo de Crato: a Rádio Educadora do Cariri, a Organização Diocesana de Escolas Radiofônicas, a Empresa Gráfica Ltda., responsável pela edição do jornal “A Ação”, órgão oficial da diocese. Dom Vicente foi o fundador do Colégio Madre Ana Couto e de todos os sindicatos de trabalhadores rurais do Cariri, além de ter criado a Fundação Padre Ibiapina, dentre outros empreendimentos.
Ao final foi lançado o livro “O Joaseiro Celeste”, tese de doutorado do professor Francisco Salatiel de Alencar Barbosa com boa aceitação por parte do público presente.
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