domingo, 25 de novembro de 2007

Fórum discute ações contra violência

No Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres, neste domingo, representantes de entidades das regiões do Cariri e Centro-Sul do Estado participam de seminário regional no auditório do Serviço Social da Indústria (Sesi), na cidade do Crato, a 542 quilômetros de Fortaleza. Os temas são "A Violência Contra as Mulheres" e a "Lei Maria da Penha" - sancionada pelo governo federal no ano passado. A biofarmacêutica Maria da Penha Maia, que lutou durante 20 anos para ver seu agressor condenado e virou símbolo contra a violência doméstica, estará presente no seminário. No sábado, 24, foi realizada uma vigília, na praça da Sé, no centro do município, também para denunciar a violência contra as mulheres e os assassinatos ocorridos este ano principalmente nas regiões do Cariri e Centro-Sul. As organizadoras avaliaram a presença de cerca de 800 pessoas. A partir deste domingo e até o dia 10 de dezembro, as entidades das duas regiões que trabalham com a proteção das mulheres que sofrem violência vão realizar campanhas de conscientização nas localidades divulgando a Lei Maria da Penha e as formas de denunciar. "Só esse ano, 10 mulheres foram assassinadas na região do Cariri", diz Mara Gomes Guedes, do Fórum das Mulheres do Cariri e Centro-Sul. Ela cobra maior segurança, verba para acolher e atender as vítimas e maior celeridade da Justiça no julgamento dos processos sobre assassinatos. Mara diz que os casos demoram, em média, cinco anos para serem julgados. "Queremos denunciar a violência e conclamar a paz", diz Mara Gomes. A biofarmacêutica Maria da Penha Maia também irá para Milagres, município próximo à Juazeiro do Norte, no dia 9 de dezembro. Vai participar de um debate cujo tema é "O Combate à Violência Contra as Mulheres - Um Compromisso de Todos". Terá início às 9 horas no Patronato Dona Zefinha Gomes, no centro da cidade. Estarão presentes nos eventos de Juazeiro do Norte e Milagres representantes de pastorais sociais, sindicatos, Organizações Não Governamentais (ONGs), Casa Lilás e de movimentos sociais.
(Jornal O Povo)

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