A poucos dias para renovação da direção da União dos Vereadores do Ceará (UVC), a entidade sofre a primeira dissidência. O Presidente da Câmara Municipal de Iguatu, Edvaldo Lavor (PDT), lança, no dia 31 de março, em Fortaleza, durante o encontro estadual para escolha dos novos dirigentes da UVC, manifesto para criação de uma nova entidade que congregue os vereadores do Ceará.
A idéia de fundar uma nova instituição que represente as Câmaras Municipais surgiu em uma visita feita por Edvaldo Lavor a um evento da UVB (União dos Vereadores do Brasil). O movimento, porém, está sendo interpretado como uma articulação do Prefeito de Iguatu, Agenor Neto (PMDB), que quer se fortalecer nos Municípios do Interior do Ceará como pré-candidato ao Governo do Estado. Hoje, a UVC, que é presidida pelo vereador Deuzinho Filho (PMN de Caucaia), tem ligações diretas com o governador Cid Gomes (PSB).
O projeto de Agenor em disputar o Governo do Estado é para o ano de 2014, quando será eleito, também, um senador - vaga hoje ocupada por Inácio Arruda (PC do B). ‘'Uma nova entidade de vereadores, ao surgir com a presença em vários municípios, ajuda a dar projeção a quem quer ocupar espaços políticos no Estado'', avalia um vereador do Centro Sul, ao discordar da dissidência gerada a partir do movimento lançado pelo Presidente da Câmara Municipal de Iguatu.
O atual presidente da UVC e candidato à reeleição, vereador Deuzinho Filho, ficou surpreso com o movimento deflagrado em Iguatu e alertou que, qualquer articulação para dividir a instituição, acaba gerando prejuízos para os próprios vereadores. ''Hoje, temos trabalhado junto ao Presidente da Assembléia Legislativa, deputado Domingos Filho, e do presidente da Câmara Federal, Michel Temer, para fazermos parcerias que fortaleçam as Câmaras Municipais. Qualquer divisão gera preju ízos para todos'', adverte Deuzinho.
Jornal do Cariri
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