terça-feira, 5 de maio de 2009

Marechal Cândido Rondon - PATRONO DAS COMUNICAÇÕES NO BRASIL




O Dia Nacional das Comunicações, foi criado em 1971 em homenagem ao Marechal Cândido Rondon “que levou as comunicações e o atendimento aos mais recônditos e distantes pontos do país, assegurando a união dos brasileiros”.

Cândido Mariano da Silva Rondon, nasceu em Mimoso, próximo a Cuiabá, em Mato Grosso. Sua primeira missão importante, como Engenheiro Militar e Bacharel em Matemática e Ciências Físicas e Naturais, foi a de ajudante do General Gomes Carneiro, na construção da linha telegráfica de Cuiabá ao Araguaia. Em três meses foram estendidos 514 quilômetros de linhas telegráficas. Foi nessa ocasião que se viu atraído pela situação dos nossos índios.

Concluída a missão, foi convocado para o Rio de Janeiro. Pouco depois, embarcava para Cuiabá. Mais tarde continuava na sua lida de estender fios telegráficos e, ao mesmo tempo, tentar aproximar-se das tribos selvagens. De 1900 a 1906, foram estendidos 1.746.813 metros de fios telegráficos, no sertão de Mato Grosso. Graças aos seus esforços, e à sua boa vontade, os índios Terena e Quiniquinau, nas margens do Aquidauana, tiveram restituídas suas terras.

Como os índios eram geralmente atacados, como inimigos, Rondon criou e adotou o lema seguinte, nos seus contatos com os indígenas: “Morrer, se necessário for, matar, nunca”.
Em 1907, foi criada a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas de Mato Grosso ao Amazonas, tendo Rondon sido nomeado seu chefe. A finalidade era ligar aos centros do país à capital do território do Acre. Conseguiu a pacificação de várias tribos: Nhambiquara, Urimi, Kepiquiri, Caripuna, Apiacá, Arioqueme, Tacuetê etc.
Rondon mostrou-se sempre, em todas as circunstâncias, destemido, defensor dos índios. Sua ação era enaltecida dentro e fora do Brasil.

Teodoro Roosevelt, que teve Rondon como companheiro, numa expedição pelos sertões do Mato Grosso, escreveu depois: “O Coronel Rondon tem, como homem, todas as virtudes de um sacerdote: é um puritano de uma perfeição imaginável, na época moderna; e como profissional, é tão cientista, tão grande é seu conjunto de conhecimentos, que se pode considerar um sábio...”

Em 1930, foi reformado no posto que ocupava, o General da Divisão. Mais tarde, recebeu, por lei especial a insígnia de Marechal.

Várias homenagens foram prestadas ao Marechal Rondon. Seu nome foi dado ao novo Estado que se chama Rondônia; o diploma de “Civilizador dos Sertões” foi-lhe conferido pelo IBGE, em 1939. Seu nome foi inscrito no livro aberto aos visitantes da Sociedade Geográfica de Nova York, onde figuram apenas quatro nomes:

AMUNDSEN – o descobridor do Pólo Norte;
PEARRY – o descobridor do Pólo Sul;
CHARCOT – o explorador que penetrou mais profundamente em terras antárticas;
RONDON – o explorador que penetrou mais profundamente em terras tropicais.

O decreto nº 51.190 de 26 de abril de 1963, proclamou-o PATRONO DA ARMA DE COMUNICAÇÕES DO EXÉRCITO.

fonte: http://acf.mmcafe.com.br

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