Um caso de racismo promete agitar o futebol juazeirense nesse início de 2010. O atacante do Icasa, Pantico, disse ter sido ofendido pelo massagista do Sousa da Paraíba, que atende pelo apelido de Gurufa, durante amistoso realizado entre as equipes, no último dia 09, no estádio Romeirão. Após a partida, o jogador levou o fato a policiais que estavam no estádio e o massagista não foi preso porque amigos intervieram e pediram que o fato fosse esquecido. No entanto, Pantico garantiu que não havia desistido da questão e promete buscar seus direitos na justiça. “A gente não pode permitir que essas coisas aconteçam, porque amanhã pode ser com a minha filha e eu não vou deixar isso barato”, confirmou o atacante.
Por volta dos 30 minutos do segundo tempo, Pantico passou próximo ao banco de reservas do Sousa e foi xingado de “macaco” pelo massagista. Esquecendo até do jogo, que transcorria normalmente, o jogador se dirigiu aos policiais comunicando o ocorrido e pedindo providências quando ao final da partida. Nem a vitória do Icasa, com gol seu, fez Pantico esquecer a ofensa e o atacante correu em direção dos policiais assim que o árbitro encerrou o amistoso. Os guardas contiveram o massagista e anunciaram que iriam levá-lo até a delegacia para que o problema fosse resolvido.
Uma verdadeira confusão se instalou no gramado. Gurufa negou que tivesse ofendido o jogador icasiano, enquanto jogadores das duas equipes tentavam convencer Pantico de não seguir com a denúncia. O atacante desceu pro vestiário e os ânimos se acalmaram. A polícia resolveu liberar o massagista, já que Pantico não estava mais no local.
Na segunda-feira, o Icasa retomou os treinos e o atacante não estava conformado com a situação. Pantico informou que havia conversado com seu sogro, Paulo Leão, que é advogado em Salvador, e foi orientado a seguir com a ação contra Gurufa. “Eu saí do campo pra tomar banho e ir até a delegacia, quando meus companheiros me informaram que o massagista não havia sido preso, fiquei revoltado”, explicou o jogador, que admitia a possibilidade de processar a Polícia Militar por não ter levado adiante sua denúncia. “O próprio comandante me disse pra afastar da confusão e eu esperei por um comunicado”, finalizou. Pantico espera apenas por instruções do seu advogado para levar a questão adiante.
fonte: Jornal Metropolitano
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