domingo, 20 de fevereiro de 2011
PINTURAS DE BARRICA
O Centro Cultural Banco do Nordeste-Cariri, com sede em Juazeiro do Norte abrirá a exposição "Pinturas de Barrica em tela e cerâmica", no próximo dia 26 (sábado), às 19 horas.
Gratuita ao público, a exposição ficará em cartaz até o próximo dia 20 de abril (horário de visitação: terça-feira a sábado, de 13 horas às 21 horas; no período de 15h às 21h, as visitas são orientadas por um monitor).
Integrante da série de eventos que marcam o centenário da cidade de Juazeiro do Norte, a mostra expõe acervos do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (MAUC-UFC) e do Centro Cultural Banco do Nordeste.
Para a mestre em Artes Visuais, professora e curadora da exposição, Adriana Botelho, a mostra oferecerá ao público um excelente oportunidade para conhecer um pouco mais de um dos principais artistas do movimento modernista, discutindo as afinidades de sua arte, bem como a sua influência na arte cearense. Claudionor Capibaribe, o Barrica, nasceu em Juazeiro do Norte, em 1913, e faleceu em Fortaleza, em 1993.
Segundo a doutora em Sociologia da Arte, Kadma Marques, a história das artes plásticas no Ceará "passa de maneira inevitável pela presença de Barrica na fundação do Centro Cultural de Belas Artes (CCBA - 1941/1944) e da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP - 1944/1958), associações que congregaram os artistas do pincel em torno de ideais como aquele que manteve a realização do salão cearense mais tradicional - o Salão de Abril - sob a responsabilidade da SCAP, no período de 1946 a 1958".
Discorrendo sobre a Arte de Barrica, o diretor do MAUC-UFC, Pedro Eymar, afirma que "a década de 1950 apresenta um Barrica personalizado e comercialmente aceito; desenha com cores e as paisagens florescem de sua alma profunda para uma interface plástica tensa, onde matéria e gesto disputam com a figuração o primeiro plano da fruição estética".
Pedro Eymar relembra que em 1961, Barrica esteve presente na exposição de instalação do Museu de Arte da UFC: "ao lado de Chico da Silva, Sérvulo Esmeraldo e Raimundo Cela, Barrica expôs sua vibrante interpretação dos subúrbios e abstratas composições em irreverentes jarros cerâmicos; neste mesmo período, Barrica instalou junto ao MAUC uma oficina de cerâmica, provida de forno, do qual procedem muitas das cerâmicas que integram a presente mostra".
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