Na última sexta-feira, dia 24/2, o voto feminino completou 80 anos no Brasil. Esse direito foi assegurado em 24 de fevereiro de 1932, como resultado de ações articuladas nacionalmente por movimentos feministas. Na época, a conquista ainda não foi completa, pois o Código Eleitoral Provisório (decreto 21.076) permitia que apenas mulheres casadas, com autorização do marido, ou viúvas e solteiras com renda própria, pudessem votar.
As restrições ao pleno exercício do voto feminino foram eliminadas apenas no Código Eleitoral de 1934, ainda assim sem torná-lo obrigatório, o que só veio acontecer a partir de 1946. O Rio Grande do Norte, em 1927, foi o primeiro estado brasileiro a permitir que as mulheres votassem nas eleições. A conquista regional desse direito beneficiou a luta das mulheres, país afora, pela expansão do voto feminino.
Com a mulher eleitora, vieram outras conquistas de espaço na sociedade brasileira, fazendo avançar a luta das mulheres para combater preconceitos e discriminações. O foco, sem dúvida, é a conquista de mais poder.
Hoje, as mulheres representam a maioria do eleitorado do País. Elas, inclusive, estão à frente dos homens quando considerados os níveis de escolaridade dos eleitores por sexo. No Brasil, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há mais eleitoras com nível superior, com segundo grau e com primeiro grau completo do que eleitores masculinos, embora também elas sejam maioria entre os analfabetos.
Foram muitas as mulheres que lutaram pela conquista do direito ao voto feminino, destacando-se entre elas Julia Barbosa, Bertha Lutz, Leolinda Daltro, Celina Vianna, Nathércia da Cunha Silveira, Antonietta de Barros, Almerinda Gama, Jerônima Mesquita, Maria Luisa Bittencourt, Alzira Teixeira Soriano, Carlota Pereira de Queiroz, Josefina Álvares de Azevedo, Carmen Portinho, Elvira Komel, Amélia Bevilacqua, Isabel de Sousa Matos.
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