A visita da presidente Dilma Rousseff (PT) ao Ceará, na última segunda-feira, foi o momento propício para que o governador do Estado, Cid Gomes (PSB), e a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), demonstrassem por meio de convivência aparentemente pacífica que o fim da aliança entre PT e o PSB não está tão próximo. Cid e Luizianne participaram juntos dos eventos da agenda da presidente no Estado durante todo o dia, além de terem conversado e posado para fotos.
No entanto, a situação da aliança não foi um assunto debatido entre os dois e a presidente. De acordo com o vice-líder do governo Dilma na Câmara dos Deputados, deputado José Guimarães (PT), o presidente do PT nacional, Rui Falcão, estará em março no Ceará para uma conversa com Cid Gomes a fim de facilitar o diálogo entre as lideranças.
Para o presidente municipal do PSB, Karlo Kardozo, apesar da importância da aliança e de Cid estar se posicionando a favor dela, as bases de diálogo em que a parceria se firma precisam ser revistas. Kardozo diz que a boa convivência entre Cid e Luizianne na segunda-feira não significa a retomada de diálogo dos partidos na esfera municipal. “Não há nenhum gesto do PT que represente diálogo conosco nessa instância”.
O presidente municipal do PT, Raimundo Ângelo, afirmou que a aliança entre o PT e o PSB é forte e que não há motivos do ponto de vista político para desfazer a parceria. O vereador Acrísio Sena (PT) disse que as posturas de Luizianne e Cid representam uma retomada de diálogo entre os partidos. “A possibilidade de um racha, para nós, é quase nula”, disse Acrísio.
O deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa, Antônio Carlos (PT), diz que a aliança entre os partidos é “forte e vitoriosa”, e que divergências entre as siglas não significam enfraquecimento da parceria. “Esse racha está na cabeça da oposição, não na realidade”, analisa.
Para o líder da prefeita na Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Ronivaldo Maia (PT), as posturas de Cid e Luizianne mostraram que a união entre PT e PSB está consolidada. Para o vereador, é a imprensa quem está torcendo pelo fim da aliança.
fonte: jornal O Povo
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