A mãe de Eloá Pimentel, Ana Cristina Pimentel, disse ontem que acredita que a polícia teve 50% de culpa na morte de sua filha. Eloá foi morta em 2008, pelo ex-namorado Lindemberg Alves, quando o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) invadiu o apartamento que servia de cativeiro há 100 horas.
Durante entrevista coletiva, o advogado da família, Ademar Gomes, informou que propôs ação contra o Estado por danos materiais e morais. "É uma ação morosa - porque tudo que é judiciário é moroso - mas tenho plena convicção que seremos vitoriosos nessa ação", disse Gomes.
"O Estado foi negligente. Não podemos aceitar que a nossa polícia não tenha equipamentos adequados para uma escuta", disse Gomes, referindo-se à parte do depoimento do comandante do Gate, Paulo Sérgio Squiavo, em que disse que a polícia usava copos para ouvir o que estava sendo dito lá dentro.
Sobre o pedido de nulidade do júri pedido na semana passada pela advogada de defesa, Ana Lúcia Assad, Gomes disse que "é inviável" porque não houve cerceamento de defesa. Para a mãe de Eloá, a advogada de defesa "prejudicou muito Lindemberg" porque estava muito nervosa.
Ana Cristina ainda não conseguiu desculpar o assassino da filha, que pediu perdão durante o julgamento. "Ele teve três anos para me pedir perdão e nunca pediu", ressaltou.
fonte: DN
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