segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

África do Sul se une em orações e cantos por Mandela


Os sul-africanos foram a igrejas, mesquitas, templos e sinagogas de todo o país, no primeiro domingo desde a morte de Nelson Mandela. “Que seu longo caminho em direção à liberdade seja apreciado e realizado por todos nós”, disse o arcebispo da Cidade do Cabo, Thabo Mokgoba, referindo-se ao primeiro presidente negro da África do Sul, que morreu na última quinta-feira, aos 95 anos, em Johannesburgo.
 O dia de oração para lembrar o líder nacional foi convocado pelo presidente Jacob Zuma, iniciando uma semana de celebrações em diversas cidades do país, que serão encerradas com o enterro do ex-presidente na aldeia de Qunu, onde Mandela nasceu, no próximo domingo.
Na Regina Mundi, igreja católica de Johannesburgo, Mandela é lembrado em um mural na entrada, ao lado de vidraças com buracos de bala com quase 40 anos de idade. Para lá correram jovens perseguidos pela polícia na revolta do Soweto, de 1976, um dos momentos marcantes da luta contra a segregação racial. O local ficou lotado.

“As pessoas estão orando para que não haja mudança, para que continuemos juntos”, afirmou uma das fiéis, Gladys Simelane. Durante a espera pelas sessões de oração, a maioria dos rpesentes mostrava um semblante de alegria.
Embora não fosse católico, Mandela tinha especial relação com a igreja Regina Mundi. Uma de suas mais famosas imagens, fazendo uma dancinha com os braços dobrados na altura do quadril, foi tomada no altar da igreja. Ao lado, um livro de condolências foi aberto, junto a uma vela e à foto de Mandela.

Membros da família do ex-presidente estiveram na Igreja Metodista de Bryanston, na região metropolitana de Johannesburgo. O presidente Zuma esteve na celebração e agradeceu Mandela por seu compromisso com a paz e a reconciliação do povo sul-africano. “Ele lutou contra quem oprimia os outros. Ele quis que todos fossem livres”. (das agências de notícias)

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