Em uma votação tumultuada anteontem à noite, em São Paulo, o PPS aprovou apoio em 2014 a uma eventual candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). A decisão precisou ir a voto no congresso que a sigla realizou no fim de semana na capital paulista — e, por 152 a 98, a proposta de aliança com o PSB e a Rede da ex-senadora Marina Silva venceu a tese de candidatura própria. O apoio a uma candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) ficou fora da votação.
Após proclamado o resultado, o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, explicou que não se trata de uma decisão definitiva, mas o posicionamento indica o caminho que o partido deverá seguir na eleição presidencial do ano que vem.
— O indicativo não está significando que o PPS fechou-se, mas que precisa construir uma alternativa para 2014 — disse Freire.
A convenção partidária que oficializa alianças eleitorais acontecerá somente em junho. O PPS aprovou anteontem também uma pré-convenção em março, para fazer uma nova consulta a seus dirigentes.
O mesmo procedimento foi usado para dar o apoio ao ex-governador José Serra na eleição presidencial de 2010. Primeiro, houve a aprovação de uma indicação de aliança. Depois, ela acabou confirmada na convenção.
O PPS tem sido cortejado por Campos e Aécio há meses. Antes mesmo de se iniciar a votação, a ala do partido que defende a continuidade da parceria com o PSDB — os dois partidos são aliados históricos — retirou a proposta da discussão, alegando que não concordava com a tese de que o partido deveria decidir durante o congresso as alianças para 2014. A manobra foi uma tentativa de impedir uma vitória do grupo pró-Eduardo Campos, liderado por Roberto Freire.
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