O presidente interino da Câmara de Juazeiro do Norte, vereador Darlan
Lôbo (PMDB) aproveitou a última sessão, nessa quarta-feira (18), para
denunciar o que qualificou de esquema para derrubá-lo do cargo de
presidente do legislativo juazeirense.
As declarações bombásticas aconteceram em entrevista, após as duas
sessões extraordinária, convocadas pelo prefeito Raimundo Macedo (PMDB)
para votar o novo Código Tributário do Município e o veto da emenda ao
Plano Plurianual (PPA) que determinava o Passe Livre para estudantes e
trabalhadores em situação de desemprego.
Darlan disse não entender o interesse do vereador Tarso Magno (PR) em
promover uma nova eleição para a mesa diretora. Darlan se referiu a
ordem judicial, assinada pelo Juiz Gúcio Carvalho, da 2ª Vara Civil,
notificando a Casa a fazer a eleição em 72 horas. Sobre a notificação,
Darlan disse que deve se pronunciar em tempo hábil, mostrando que não é a
primeira vez que isso acontece, mas o problema deve ser resolvido
tomando como base o regimento interno da Casa.
Durante a entrevista o presidente interino foi além é disse que
existe um esquema montado entre parte do legislativo e o executivo para
destituir a atual mesa diretora. Darlan citou como articuladores, os
vereadores Capitão Vieira (PTN), Tarso Magno (PR), Gledson Bezerra
(PTB), e mais o presidente afastado Antônio de Lunga (PSC), o prefeito
Raimundo Macedo (PMDB), o empresário Mauro Macedo, filho do prefeito.
Sobre as renuncias dos quatro membros da mesa, Darlan disse que as
cartas com os pedidos dos vereadores Antônio Cledmilson (PSD) e Adauto
Araujo (PSC), foram entregues pelo advogado Paolo Gurgel, segundo ele, a
mando do prefeito. “Isso é um esquema pesado para me tirar do poder. É
tão grave que o Ministério Público deve investigar,” disse Darlan,
ressaltando que vai contestar as renuncias na justiça.
Com relação ao pedido de eleição para a mesa, solicitado junto a
justiça pelo vereador Tarso Magno, Darlan disse acreditar em estratégia
para preservar o nome do Capitão Vieira. “É tanto que as quatorze
assinaturas pedindo nova eleição foram articuladas pelo Capitão Vieira. O
esquema é tão pesado que, nem a justiça, nem o povo de juazeiro,
conseguiram quatorze vereadores para cassar o presidente afastado
Antônio de Lunga,” disse.
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