É dia de decisão e de provar que o Brasil pode superar os erros e momentos de instabilidade expostos em jogos anteriores para avançar às semifinais da Copa do Mundo. Hoje, a seleção enfrenta, às 17 horas, no Castelão, uma Colômbia com 100% de aproveitamento e que conta com James Rodriguez, o artilheiro do Mundial. O técnico Luiz Felipe Scolari projeta mudanças na equipe titular para que o Brasil possa não apenas superar o adversário como se apresentar bem diante da torcida cearense.
Tem sido um misto de otimismo e preocupação. Em uma Copa equilibrada, onde seleções campeãs mundiais - Itália, Espanha, Uruguai e Inglaterra - já ficaram pelo caminho e zebras surpreendem, o Brasil segue firme. Além disso, o peso da camisa, a tradição em Mundiais e o apoio da torcida estão garantidos. Mas, em campo, a seleção tem decepcionado e suado além da conta para conquistar os resultados, revelando problemas técnicos, táticos e emocionais.
Felipão não mantém mistério dos titulares de hoje. Mesmo ensaiando nos treinos alternativas na defesa, escalando Dante e adiantando David Luiz, nas laterais, trocando Daniel Alves por Maicon, e testando o ataque com Neymar isolado, a única mudança será o retorno de Paulinho na vaga de Luiz Gustavo, suspenso pelo segundo cartão amarelo.
“Para mim, é melhor quando a equipe adversária vem para cima e propõe o jogo também. Tecnicamente falando, a Colômbia é diferenciada por esse aspecto. Por terem essa qualidade de querer jogar, acaba ajudando a nossa equipe já que a gente também tem qualidade técnica. Quando você joga em 70, 80 metros, tem mais liberdade para atacar do que nos 50 metros que tínhamos contra o Chile, por exemplo”, analisou o treinador.
Do outro lado, a Colômbia segue fazendo história em Mundiais. A seleção nunca antes havia chegado às quartas de final e tem feito boas partidas nas quatro vitórias conquistadas, a última por 2 a 0 contra o Uruguai, nas oitavas. O jovem James Rodriguez, de apenas 22 anos, tem cinco gols na Copa e tentará, junto com outros destaques como Cuadrado, liderar a equipe em mais uma classificação.
A qualidade na troca de passes e a força no meio-campo são características da seleção do argentino José Pékerman, técnico da Colômbia desde 2012. O treinador, porém, não costuma se dar bem contra o Brasil em decisões: comandando a Argentina, foi derrotado nas finais da Copa América de 2004 e da Copa das Confederações de 2005. “Para a Colômbia cada jogo é um novo desafio, não podemos pensar no que já passou, no que diz respeito a nós e ao Brasil. É preciso enfrentá-los como todos os outros adversários”, disse.
Jornal O Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário