Ainda sob o impacto do vexame histórico da Seleção Brasileira de Futebol -foi massacrada pela Alemanha anteontem, por 7 a 1, na Semifinal da Copa - o mundo político se pergunta: o fracasso do Brasil no torneio vai influenciar no resultado das urnas em outubro?
Principal fiador da Copa, o Governo Federal vinha surfando na onda positiva até então, apesar dos sobressaltos da equipe de Luiz Felipe Scolari. Com a humilhação em campo, uma luz amarela acendeu no Palácio do Planalto - temeroso de que o mau humor possa contaminar a já combalida economia - e daí influenciar, negativamente, a cabeça do eleitor.
Enquanto o sonho do hexacampeonato mantinha-se de pé, o governo tentou expor ao máximo os dados positivos, como aeroportos funcionando a contento e aumento do movimento de turistas. Houve até ensaios de ataques à oposição, associando-a ao pessimismo.
O sentimento de auto-estima melhorado chegou a ser captado pelos institutos de pesquisa. O Datafolha, por exemplo, mostrou que a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, oscilou para cima nas intenções de voto.
As primeiras reações
Num primeiro momento, os principais personagens do jogo político nacional parecem esperar a consolidação do cenário pós-derrota. Enquanto isso, usaram uma estratégia em comum: lamentar a tragédia futebolística.
Em sua conta no Twitter, Dilma escreveu: “Como todos os brasileiros, estou muito, muito triste com a derrota. Sinto imensamente por todos nós, torcedores, e pelos nossos jogadores”. Ao mesmo tempo, no Facebook, a petista enaltece a organização do mundial: “Perdemos a taça, mas a #copadascopas é nossa”, disse, na rede social.
O tucano Aécio Neves, que antes criticou o suposto uso político da Copa, divulgou nota em que diz compartilhar “como torcedor e como brasileiro” a frustração pela derrota do Brasil.”Dessa vez não deu, mas vamos em frente. Outras vitórias virão”, afirmou.
O candidato do PSB, Eduardo Campos, disse em seus perfis nas redes sociais que, “como todos os brasileiros”, lamenta o resultado diante da seleção alemã, mas fez questão de manter uma postura otimista sobre a competição. Disse que “o povo fez uma festa linda” e que tem “certeza de que voltaremos mais fortes em 2018”.
“Grande equívoco”
Já o governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), dissociou a disputa política da Copa do Mundo: “É preciso separar bem eleição de futebol. Quem quer misturar as coisas comete um grande equívoco”, afirmou. (com agências de notícias)Jornal O Povo
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