O I Seminário de Comunicação da Região do Cariri
cumpriu seu papel de debater durante dois dias a democratização da mídia no Brasil.
Os debates começaram com a palestra de Inácio carvalho, do Centro de Mídia
Alternativa Barão de Itararé e secretário de comunicação do PC do B no Ceará.
Inácio Carvalho destacou a luta pela democratização no Brasil, o atual
momento político de avanço das forças conservadoras e o monopólio das
comunicações.
Para Inácio Carvalho, no Brasil vigora um modelo de mídia que não é
democrático, existindo aqui poucas famílias que comandam verdadeiros impérios
de comunicação. Outro fator é que as chamadas grandes corporações da mídia
brasileira tem lado, ou seja, tem uma visão de mundo conservadora e golpista e
passam sua visão cotidianamente para a sociedade.
A cobertura jornalística da mídia também é outro
ponto a ser destacado. “Há uma tendência
da mídia brasileira em passar uma visão unilateral dos acontecimentos,
mostrando seu caráter golpista”, afirmou Inácio.
Carvalho defendeu ainda que “os movimentos
sociais, a sociedade, os progressistas devem apresentar ideias que tenham e façam um contraponto a
realidade atual”, afirmou.
O seminário debateu sobre a democratização da
comunicação, mídias alternativas, redes sociais, participação popular,
televisão pública, lei de meios, e a
organização de um fórum no Cariri para debater a democratização das mídias.
O jornalista Alberto Perdigão lançou seu segundo
livro “Comunicação pública e inclusão
política – reflexões sobre cidadania ativa e democracia participativa”, que tem
prefácio de Cosette Castro e capa de Sérvulo Esmeraldo.
Aconteceram ainda duas mesas redondas. A primeira
na manhã de sábado, 28, com o tema “A democratização o da comunicação e o atual
momento político do Brasil” mediada pelo professor e radialista Sandro Leonel,
tendo como debatedores os professores Roberto Siebra, do Curso de Ciências Sociais
da Universidade Regional do Cariri e Anderson Sandes Freire, do Curso de
Comunicação Social da Universidade Federal do Cariri – UFCA. A segunda mesa foi sobre o tema “mídia
alternativa redes sociais e participação popular”, tendo como mediador o radialista Tarso
Araújo e como debatedores tendo como debatedores os professores Maurício
Teles, consultor da Fundação SOS Chapada do Araripe e Aurélio Matias, diretor do Sindicato Apeoc.
A palestra final ficou com Rafael Mesquita,
secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas do Ceará, que falou sobre o atual
modelo de comunicação no Brasil e as propostas e ideias dos movimentos sobre o
tema.
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