Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos
Hídricos (Funceme), as chuvas tiveram uma significativa queda no Estado, entre
terça e quarta-feira. A maior foi registrada no município de Itapajé, que
chegou a apenas 31mm, seguido de Reriutaba (30mm) e São Benedito (25mm), que
lideraram o ranking das dez maiores chuvas do dia, sendo que nove delas se
foram na região norte.
Apenas 43 cidades tiveram chuva. Esses dois dias com
redução das precipitações, são atribuídos, pela Funceme, ao o posicionamento
desfavorável do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) que, nas últimas duas
semanas havia trazido boas precipitações. Segundo os pesquisadores da
instituição, os vórtices são sistemas bem dinâmicos (se formam, se dissipam e
variam seu posicionamento muito rapidamente) e, por isso, têm baixa
previsibilidade. Eles têm como período de maior atuação dezembro e janeiro, que
são os meses de pré-estação chuvosa.
Para fevereiro, a tendência é de que esse
tipo de sistema deixe de atuar e comece a Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT), que é o principal sistema indutor de chuvas no Ceará durante a quadra
chuvosa (fevereiro e maio), quando são observados cerca de 75% da chuva anual.
Alguns fatores influenciam no posicionamento da ZCIT e, consequentemente na
quantidade de dias em que esse sistema deve atuar no Ceará. Quanto mais tempo a
ZCIT favorecer a formação de nuvens de chuva no Estado, melhor a quadra
chuvosa. Se atuar pouco, haverá menos chuvas e uma quadra irregular, ou seja,
seca.
"A primeira coisa que devemos salientar é que a última previsão
climática divulgada pela Funceme, aponta maior probabilidade de chuvas abaixo
da média no trimestre fevereiro-março-abril. Dessa forma, as chuvas observadas
neste mês de janeiro não vão influenciar numa análise posterior do trimestre
para o qual o prognóstico apontou", explicou Meyre Sakamoto, supervisora
do Núcleo de Meteorologia.
fonte: Jornal Diário do Nordeste
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