terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Orfanato em Juazeiro do Norte vai completar 100 anos agora em 2016

Fundado pelo padre Cícero Romão Batista, em 8 de abril de 1916, o Orfanato Jesus Maria José está prestes a completar 100 anos de existência. A instituição filantrópica, que funciona no Bairro Santa Tereza, em Juazeiro do Norte, tem caráter socioeducativo e cultural de assistência à criança e adolescente. Desde 1935, o Orfanato passou a ser administrado pela Congregação das Irmãs Filhas de Santa Tereza de Jesus, responsável por dar assistência às crianças carentes oriundas de vários bairros da periferia de Juazeiro do Norte.

Até o ano de 1994, a instituição realizou suas atividades como internato de meninas órfãs.

Atualmente, o local se volta para a problemática de meninos e meninas em condições de vulnerabilidade econômica e social, atendendo a cerca de 70 crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos de idade. O orfanato oferece orientação religiosa, acesso ao esporte, recreação, reforço escolar e formação profissional, além de oportunizar ações de inclusão cultural e promover desde oficinas de teatro, coral, teclado, flauta, violão, banda de lata e artesanato às aulas de computação. Para auxiliar na geração de renda das famílias, os pais dos alunos têm acesso a cursos profissionalizantes. Entre os que são ofertados estão oficinas de manicure, pedicure, costura, artesanato e informática básica e avançada.

Há, ainda, ações com foco na formação humana e proteção social, transformando esses jovens para que o protagonismo infanto-juvenil e contribuindo com o desenvolvimento social como cidadão, com direitos e deveres. De acordo com a Irmã Zenilda Maria, diretora do Orfanato, o padre Cícero tinha a boa vontade de educar e livrar as crianças do sofrimento. Atingidas pela seca, muitas delas vinham de estados como Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe. Elas eram enviadas por parentes dos pais falecidos, para que o padre Cícero as criasse.

“Naquela época, havia seca e morte. O pai, a mãe e as pessoas que vinham em romaria para Juazeiro traziam as crianças para o padre Cícero e, assim, foi se formando o Orfanato Jesus Maria José. Quando nós assumimos esse orfanato, tivemos a preocupa- ção e a responsabilidade de continuarmos ensinando essa mística, a parte religiosa e diversas artes”, conta. Segundo Irmã Zenilda, o padre Cícero tinha o cuidado de colocar os meninos e meninas para aprenderem a ler e a escrever, o que fez com que ele fundasse uma escola para dar assistência às crian- ças, que também aprendiam uma profissão. “O padre Cí- cero tinha a preocupação de ensiná-las e, depois, aprenderem uma futura profissão, preparando-as para serem futuros cidadãos”, explica.

Jornal do Cariri

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