Fundado pelo padre Cícero Romão Batista, em 8 de
abril de 1916, o Orfanato Jesus
Maria José está prestes a
completar 100 anos de existência.
A instituição filantrópica, que funciona no Bairro
Santa Tereza, em Juazeiro do
Norte, tem caráter socioeducativo
e cultural de assistência
à criança e adolescente. Desde
1935, o Orfanato passou a ser
administrado pela Congregação das Irmãs Filhas de Santa
Tereza de Jesus, responsável
por dar assistência às crianças
carentes oriundas de vários
bairros da periferia de Juazeiro
do Norte.
Até o ano de 1994, a instituição
realizou suas atividades
como internato de meninas
órfãs.
Atualmente, o local
se volta para a problemática
de meninos e meninas em
condições de vulnerabilidade
econômica e social, atendendo
a cerca de 70 crianças e
adolescentes entre 5 e 15 anos
de idade. O orfanato oferece
orientação religiosa, acesso ao
esporte, recreação, reforço escolar
e formação profissional,
além de oportunizar ações de
inclusão cultural e promover
desde oficinas de teatro,
coral, teclado, flauta, violão,
banda de lata e artesanato às
aulas de computação.
Para auxiliar na geração
de renda das famílias, os pais
dos alunos têm acesso a cursos
profissionalizantes. Entre
os que são ofertados estão
oficinas de manicure, pedicure,
costura, artesanato e informática
básica e avançada.
Há, ainda, ações com foco
na formação humana e proteção
social, transformando
esses jovens para que o protagonismo
infanto-juvenil e
contribuindo com o desenvolvimento
social como cidadão,
com direitos e deveres.
De acordo com a Irmã Zenilda
Maria, diretora do Orfanato,
o padre Cícero tinha
a boa vontade de educar e livrar
as crianças do sofrimento.
Atingidas pela seca, muitas
delas vinham de estados
como Rio Grande do Norte,
Paraíba, Alagoas e Sergipe.
Elas eram enviadas por parentes
dos pais falecidos, para
que o padre Cícero as criasse.
“Naquela época, havia seca e
morte. O pai, a mãe e as pessoas
que vinham em romaria
para Juazeiro traziam as
crianças para o padre Cícero
e, assim, foi se formando o
Orfanato Jesus Maria José.
Quando nós assumimos esse
orfanato, tivemos a preocupa-
ção e a responsabilidade de
continuarmos ensinando essa
mística, a parte religiosa e diversas
artes”, conta.
Segundo Irmã Zenilda, o
padre Cícero tinha o cuidado
de colocar os meninos e meninas
para aprenderem a ler
e a escrever, o que fez com
que ele fundasse uma escola
para dar assistência às crian-
ças, que também aprendiam
uma profissão. “O padre Cí-
cero tinha a preocupação de
ensiná-las e, depois, aprenderem
uma futura profissão,
preparando-as para serem
futuros cidadãos”, explica.
Jornal do Cariri
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